A dor.

Quando Deus gerou Adão

E Eva seu grande amor

Fez sem fazer confusão

Apenas barro ele usou

Sem cordão umbilical

Não foi de parto normal

Nem de doutor precisou

Vivia como criança

O casal no paraíso

Com serpentes sem veneno

E com cascavel sem guiso

Ali reinava o amor

Era pra viver sem dor

E sem dia de juízo

Por causa da cafeína

Deus ali não pôs café

Era ele e os bichinhos

E Eva sua mulher

Porém quebrou o encanto

Na revolução do santo

Por nome de lucífer

Lúcifer representava

Anjo claro que conduz

Mas quis ser igual a Deus

Bem maior do que Jesus

Porem Deus onipotente

O transformou em serpente

E apagou sua luz

E expulsou lá do céu

Tirou sua liberdade

Retirando seu poder

O atravancou com grade

E assim Deus lhe falou

Leva contigo essa dor

Para todo humanidade

E transformado em serpente

Levou Eva a traição

Que seduziu seu marido

Que Deus fez cá própria mão

Deus então nos deu a dor

E falou com teu suor

Tu conseguiras teu pão

E expulsou o casal

Só porque nem um foi forte

Renderam-se a serpente

Qual madeira a um serrote

Só por esse desacato

Tu sentiras dor no parto

Pior que a dor da morte

E desse dia pra cá

Ficou assim como é

A mulher pra ter um filho

Geme igual um jacaré

Sofre sofre mas não morre

Porque tem quem lhe socorre

E nós sabemos quem é

Então nasce o bebezinho

Com o resíduo da dor

Que foi herdado da mãe

Ou do próprio genitor

Que sai do ventre grunhindo

E Deus lá do céu ouvindo

Finge que nem escutou

E o bebê vai crescendo

E entra na puberdade

Aí começa saber,

O que é dor de verdade

Pois dor é universal

Pois até em animal

A dor vem sem piedade

Não existe alguém sem dor

Se existir eu duvido

Pois tem a dor de cabeça

No nariz e no ouvido

Acho que nenhum vivente

Revelaria que sente

Dor sem nunca ter sentido

Dor da perda de um filho

Que pra mãe é um assombro

A dor dum tiro de doze

Que no peito faz um rombo

E a dor de um pedreiro

Que carrega o dia inteiro

Lata de massa no ombro

Tem a dor que invalida

Na coluna vertebral

Também a dor de barriga

Quando a comida faz mal

Tem a dor que mais aflige

Quando a mocinha virgem

Tem a conjunção carnal

Tem a dor no coração

Quando teu amor te trai

A dor dum filho querido

Quando vê morrer seu pai

E a dor de cotovelo

Quando seu amor primeiro

Some sem deixar sinais

Nós sentimos muitas dores

Que nem posso descrever

Mas porem um sente dor

Pra outro sem dor viver

Se dor não doesse tanto

Nem doutor nem pai de santo

Sem dor iria viver.

Todos os seus dias são apenas dores, seu trabalhos apenas tristezas; mesmo durante a noite ele não goza de descanso. Isto é ainda vaidade. Eclesiastes cap. 2 vs 23.

Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/01/25/2.php#ixzz2LDH0EKsa

joãocorin
Enviado por joãocorin em 17/02/2013
Código do texto: T4145898
Classificação de conteúdo: seguro