É um imenso prazer e uma honra 'cordelar' com feras como o Jerson Brito e o Mestre Ansilgus!
Espero que gostem de nossas criações, embaladas por este mote incrível do querido Ansilgus.
Divirtam-se com o...
CORDEL DA INSÔNIA
A falta de sono do Jerson Brito:
A situação é crítica
Na terra tupiniquim
Pois nossa classe política
Ri de você, ri de mim.
Eleitor a cova cava
Quando vota e dá vacilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
O Senado, francamente
Não agrada os brasileiros
Elegeu pra Presidente
De novo o Renan Calheiros
A população tá brava
Mas com eles não tem grilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
O povo é quem paga o pato
Dos desmandos dessa turma
Mensaleiro com mandato?!
Com isso não tem quem durma
Ah, se pudesse mandava
Eles tomarem naquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Estamos insatisfeitos
Com nossos representantes
Até os novos eleitos
Também são inoperantes
Pois quem é vulcão sem lava
Tem lançado algum pupilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Tem gente saudoso um tanto
Do tempo dos marechais
Invoca tudo que é santo
Por que não aguenta mais
Ser escravo ou ser escrava
Do sistema, desse estilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
A história de insônia do Ansilgus:
Os tempos mudam demais
Ninguém consegue evitar
Gente que anda pra trás
Nunca pode prosperar
Faz da mulher uma escrava
De doida vai pro asilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Eu conheci um sujeito
Que mais parecia o cão
Vivia de qualquer jeito
Cuspia até no salão
Sua família xingava
Pra não suportar aquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Seus filhos moravam fora
Estudavam pra doutor
Pegaram tal catapora
Sofreram de dar horror
Até a pele secava
Parecendo crocodilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Enquanto isso seu pai
Um grande raparigueiro
Que viveu no Paraguai
Onde foi um bom vaqueiro
E da profissão gostava
Era bom o seu estilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
A mulher voltou pra casa
Nada tinha de leseira
Só sabia mandar brasa
Adorava uma esteira
Então ela se soltava
Sem medo de qualquer grilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Noutro dia se empolgou
Com a vinda do leiteiro
Pra ele um olho piscou
Pensou nele o dia inteiro
Da cabeça não tirava
Aquele pobre andarilho
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Seu marido cafajeste
De nada ficou sabendo
Eita sujeito da peste
Só queria andar bebendo
Dela só mesmo enxergava
Os seus famosos mamilos
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Foi aí que sua testa
Começou logo a inchar
Vizinhos fazendo a festa
Com chifres a estourar
Enquanto ele caçava
Também guardava sigilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Foi que numa madrugada
Antes de o galo cantar
Ele de perna cansada
Quase sem poder andar
Enquanto a casa rondava
Como se fosse um bacilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Pegou os dois na mutreta
Transando em sua cama
O cara beijando a teta
A denegrir sua fama
A porta quase arrombava
Pois que ficou intranquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
E por que me falta sono:
Era eu e a criançada
E a vida era brincar
Eu tão despreocupada
Sem ter conta pra pagar
Mas a crise era bem brava
Não sabia o que era aquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
O meu pai que mal dormia
Pensando em como fazer
Minha mãe na economia
As crianças no lazer
Nas ruas eu me criava
Aprendia com estilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Cresci e a vida é cruel
Vivo pra pagar as dívidas
Quase atraso o aluguel
E guardo as lembranças vívidas
Do tempo que eu apanhava
Por um pequeno vacilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Levo um tapa na cara
Sempre que vou ao mercado
E meu coração dispara
Ai, bolso assalariado!
Eu compro uma catuaba
E minha dor eu maquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Nós escapamos da crise
Mas não desse pesadelo
Por favor, não banalize
Nem ria do meu apelo
O que eu mais desejava
Era o meu sono tranquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
E assim vamos vivendo
Na pátria do desgosto
Não dá pra por um remendo
Corrupto é pra ser deposto
A situação se agrava
Alguém aperte o gatilho!
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Mas aqui é o contrário
O corrupto é reeleito
E faz o povo de otário
Pra sempre tirar proveito
Parcerias alinhava
Até para o seu pupilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Temos que nos organizar
Chega de ser explorado
Não basta apenas sonhar
Vamos soltar nosso brado
Termino com esta oitava
E assim me desopilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
postado também em meu site
Agradeço e engrandeço a interação do querido poeta Mestre Jacó Filho:
No tempo que trabalhei
Num engenho de rapadura
Prevalecia na ditadura
A segurança onde andei...
O nosso Brasil avançava
Aonde era mais preciso...
Antes eu bem que sonhava
Agora nem mais eu cochilo...
O Mestre Miguel Jacó registrou sua presença com seus contundentes versos. Obrigada por sua presença, meu caro!
Lembro da minha infância,
Do trabalho e obrigações,
Das correrias diárias,
Das poucas satisfações,
Mas a vida caminhava,
Corria tudo nos trilhos,
ANTES EU BEM QUE SONHAVA,
AGORA NEM MAIS COCHILO.
Fui um forte adolescente,
Namorador como nunca,
Eu adorava as morenas,
As loiras tinham assunto,
Mas não se prevaricava,
E o ficar nem existia,
ANTES EU BEM QUE SONHAVA,
AGORA NEM MAIS COCHILO.
Na política que saudade,
De nada eu entendia,
Do pouco que escutava,
À noite me desfazia,
Nos peitos da minha amada,
Não cometia vacilos,
ANTES EU BEM QUE SONHAVA,
AGORA NEM MAIS COCHILO.
Espero que gostem de nossas criações, embaladas por este mote incrível do querido Ansilgus.
Divirtam-se com o...
CORDEL DA INSÔNIA
A falta de sono do Jerson Brito:
A situação é crítica
Na terra tupiniquim
Pois nossa classe política
Ri de você, ri de mim.
Eleitor a cova cava
Quando vota e dá vacilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
O Senado, francamente
Não agrada os brasileiros
Elegeu pra Presidente
De novo o Renan Calheiros
A população tá brava
Mas com eles não tem grilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
O povo é quem paga o pato
Dos desmandos dessa turma
Mensaleiro com mandato?!
Com isso não tem quem durma
Ah, se pudesse mandava
Eles tomarem naquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Estamos insatisfeitos
Com nossos representantes
Até os novos eleitos
Também são inoperantes
Pois quem é vulcão sem lava
Tem lançado algum pupilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Tem gente saudoso um tanto
Do tempo dos marechais
Invoca tudo que é santo
Por que não aguenta mais
Ser escravo ou ser escrava
Do sistema, desse estilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
A história de insônia do Ansilgus:
Os tempos mudam demais
Ninguém consegue evitar
Gente que anda pra trás
Nunca pode prosperar
Faz da mulher uma escrava
De doida vai pro asilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Eu conheci um sujeito
Que mais parecia o cão
Vivia de qualquer jeito
Cuspia até no salão
Sua família xingava
Pra não suportar aquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Seus filhos moravam fora
Estudavam pra doutor
Pegaram tal catapora
Sofreram de dar horror
Até a pele secava
Parecendo crocodilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Enquanto isso seu pai
Um grande raparigueiro
Que viveu no Paraguai
Onde foi um bom vaqueiro
E da profissão gostava
Era bom o seu estilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
A mulher voltou pra casa
Nada tinha de leseira
Só sabia mandar brasa
Adorava uma esteira
Então ela se soltava
Sem medo de qualquer grilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Noutro dia se empolgou
Com a vinda do leiteiro
Pra ele um olho piscou
Pensou nele o dia inteiro
Da cabeça não tirava
Aquele pobre andarilho
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Seu marido cafajeste
De nada ficou sabendo
Eita sujeito da peste
Só queria andar bebendo
Dela só mesmo enxergava
Os seus famosos mamilos
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Foi aí que sua testa
Começou logo a inchar
Vizinhos fazendo a festa
Com chifres a estourar
Enquanto ele caçava
Também guardava sigilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Foi que numa madrugada
Antes de o galo cantar
Ele de perna cansada
Quase sem poder andar
Enquanto a casa rondava
Como se fosse um bacilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Pegou os dois na mutreta
Transando em sua cama
O cara beijando a teta
A denegrir sua fama
A porta quase arrombava
Pois que ficou intranquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
E por que me falta sono:
Era eu e a criançada
E a vida era brincar
Eu tão despreocupada
Sem ter conta pra pagar
Mas a crise era bem brava
Não sabia o que era aquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
O meu pai que mal dormia
Pensando em como fazer
Minha mãe na economia
As crianças no lazer
Nas ruas eu me criava
Aprendia com estilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Cresci e a vida é cruel
Vivo pra pagar as dívidas
Quase atraso o aluguel
E guardo as lembranças vívidas
Do tempo que eu apanhava
Por um pequeno vacilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Levo um tapa na cara
Sempre que vou ao mercado
E meu coração dispara
Ai, bolso assalariado!
Eu compro uma catuaba
E minha dor eu maquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Nós escapamos da crise
Mas não desse pesadelo
Por favor, não banalize
Nem ria do meu apelo
O que eu mais desejava
Era o meu sono tranquilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
E assim vamos vivendo
Na pátria do desgosto
Não dá pra por um remendo
Corrupto é pra ser deposto
A situação se agrava
Alguém aperte o gatilho!
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Mas aqui é o contrário
O corrupto é reeleito
E faz o povo de otário
Pra sempre tirar proveito
Parcerias alinhava
Até para o seu pupilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
Temos que nos organizar
Chega de ser explorado
Não basta apenas sonhar
Vamos soltar nosso brado
Termino com esta oitava
E assim me desopilo
ANTES EU BEM QUE SONHAVA
HOJE NEM MAIS EU COCHILO
postado também em meu site
Agradeço e engrandeço a interação do querido poeta Mestre Jacó Filho:
No tempo que trabalhei
Num engenho de rapadura
Prevalecia na ditadura
A segurança onde andei...
O nosso Brasil avançava
Aonde era mais preciso...
Antes eu bem que sonhava
Agora nem mais eu cochilo...
O Mestre Miguel Jacó registrou sua presença com seus contundentes versos. Obrigada por sua presença, meu caro!
Lembro da minha infância,
Do trabalho e obrigações,
Das correrias diárias,
Das poucas satisfações,
Mas a vida caminhava,
Corria tudo nos trilhos,
ANTES EU BEM QUE SONHAVA,
AGORA NEM MAIS COCHILO.
Fui um forte adolescente,
Namorador como nunca,
Eu adorava as morenas,
As loiras tinham assunto,
Mas não se prevaricava,
E o ficar nem existia,
ANTES EU BEM QUE SONHAVA,
AGORA NEM MAIS COCHILO.
Na política que saudade,
De nada eu entendia,
Do pouco que escutava,
À noite me desfazia,
Nos peitos da minha amada,
Não cometia vacilos,
ANTES EU BEM QUE SONHAVA,
AGORA NEM MAIS COCHILO.