O VIOLEIRO
O VIOLEIRO
Sou um pobre violeiro
Do meio deste sertão,
Pinico tanto a viola
E crio calo na mão,
Mas não deixo de tocar
As coisas do coração.
Os meus versos são bem pobres,
Me chamam de cantador,
Roberto Carlos que é rico,
É chamado de cantor,
Eu não vejo diferença,
Juntos cantamos o amor.
Triste sina esta minha,
Com a viola nas costas,
Ninguém tem por mim apreço,
Eu não sei se tu me gostas,
Do Xitãozinho, ó beleza,
Por ele fazes apostas.
Embora sofra no mundo,
Eu canto com o coração,
Canto na casa de Pedro,
Canto na casa do João,
Ando de carro e carreta,
Pra cantar minha canção.
Sou pobre não tenho nada,
Mas meu Deus como isto é bom,
Pois em vez do vil dinheiro,
TU me deste este dom,
De tocar minha viola,
Sem nunca sair do tom.
Toco galope e martelo,
E ainda belas canções,
Assim vou vivendo a vida,
Alegrando os corações,
Caminhando pelas estradas
Dos meus sofridos sertões.
Vou parando por aqui,
Grande poeta doutor,
Poderia passar um dia
Cantando só pro senhor,
Nas rimas entrelaçadas,
Só de paz e de amor.
Antonio\25.01.2013\
4:15h do Ceará.
Um beijo para as poetisas e um abraço para os poetas
INTERAÇÃO DA POETISA Aila Brito (obrigado poetisa)
Cantarei também um pouco
Nesse som lá do sertão
Pra alegrar o meu cantar
E aquietar meu coração.