Revisitando locais do conflito de Canudos
José de Jesus é poeta
Narra como cordelista
Com Erasmo na filmagem
De fato documentarista
Falei de batalhas lá
E de uma voz socialista.
No Parque Estadual de Canudos
Estive em uma quinta-feira
De 10 de janeiro de 2013-01-22 vi Rio seco e ribanceira
E grande parte do açude
Sem água na cabiceira.
Passamos pelo Alto da Favela
Dei o meu depoimento
Seguimos para fazenda velha
Onde houve confrontamento
Morreu Moreira César:
Tem hoje placas e indicamento.
Vimos duas trincheiras
Que foram usadas na guerra
De Canudos em 1897
Fotos, mapas e serra
Alicerces da casa de Manoel
Vale da degola e terra.
O açude de Cocorobó
Tendo água na barragem
Sobre essa uma galeria
Vi cinza uma paisagem
Afetada pela seca:
Em meses de estiagem.
O Parque é um local
De estudo e historiação
A terra conserva ossos
De gente da região
Que vivera em Canudos
Em busca da união.
Da 2ª Canudos ver
Ruínas de uma igreja
Agora em terra seca
Lembra dessa peleja
E daqueles conselheiristas
Pesquisa agora e veja.
Observei o Rio Umburanas
O outro o Rio Sargento
Os defensores da história
Escrevem e tem talento
Nos tabuleiros os hospitais
De sangue eram tormento.
Canudenses de 1897
Defendiam o conselheiro
O DNOCS, construiu o açude
Não existe mais fogueteiro
Do 2° Arraial de Canudos
No de 1897, teve fumaceiro.
Entre no Memorial
Antônio Conselheiro
Da cidade de Canudos
João foi companheiro
Conversei com Izailton
Só faltou o corneteiro.
Encontra ainda gente
Dividida pela versão
O Exército matou o povo
Que respeitava o sertão
Canudos e Barriguda
Serafins e o Pedrão.
Enfrentei calor forte
Na história e lembrança
Belo Monte de Conselheiro
Ficou lembrada a vingança
E escrita por militares
Em livro ficou a pujança.
Saúdo todos leitores
Moro aqui no sertão
Monte Santo da Bahia
Na praça tem um canhão
Canudos no plural
Matéria de educação.