DIGA SE NÃO É VERDADE-03.

Cada ser tem um destino,

Isso é fato consumado,

Nenhum homem vai além,

Do que foi determinado,

Perigo são curvas de rio,

Não se controla o navio,

Se o seu leme for quebrado.

Ainda não vi um político,

Que não fosse mentiroso,

E a ganância por dinheiro,

Deixa o cabra corajoso,

Se o moleque não apanha,

Só pode crescer com manha,

E pro futuro é perigoso.

Chorisso é feito com sangue,

Tem muita gente que come,

Feijão co’arroz é banquete,

Pra quem tá morto de fome,

A dança da noiva é a valsa,

Pode até borrar as calças,

Quem sonha com lobisomem.

Pandeiro é um instrumento,

Feito pra rodas de samba,

Joga fora os suprimentos,

O que inclina as caçambas,

E quem faz rolo nas feiras,

Nos minutos de bobeira,

Complica-se nas muambas.

Pimenta ardosa é refresco,

Quando cai no olho alheio,

Quem morre de afogamento,

Fica com seu bucho cheio,

Pinto come a quilerinha,

Galo que não pega galinha,

A panela é seu recreio.

Tem grande risco o cavalo,

Quando entra em disparada,

É impossível estancá-lo,

Quando a rédea for quebrada,

Nos tempos dos cavaleiros,

Só virava um mosqueteiro,

Sendo perito em espadas.

Já é visto que banana,

É comida pra macaco,

Tem pessoa pegajosa,

Que é igual carrapato,

É por isso que eu falo,

Só sente a dor do calo,

O que calça o sapato.

E a cobra que não anda,

Não consegue engolir sapo,

Não procura caranguejo,

Quem tem medo de buraco,

Quem se acostuma dar nó,

Vai parar no xilindró,

E viver coçando o saco.

Toda jovem tem um sonho,

Casar-se e ter um marido,

Não se vive um milímetro,

Sendo além do permitido,

Cevado é boi de engorda,

E o que escapa da corda,

Tem o lombo protegido.

O hábito vira costume,

É um processo natural,

Quando cego de ciúmes,

O humano vira animal,

Sem regra se faz salseiro,

E mulher de cachaceiro,

Se não quiser leva pau.

A vara foi feita pra costa,

De quem tem miolo mole,

Mas é o começo do vicio,

Provar do primeiro gole,

O chamam de aguardente,

Dor de ouvido e de dente,

Não há nada que console.

Quem veste saia rodada,

E corre de encontro vento,

Pode ser envergonhada,

Mostrando antes do tempo,

Melhor é ficar sentada,

Do que subir uma escada,

Sem preparo para o evento.

A vida é sopro que voa,

Assim canta o trovador,

Não se banha em piscina,

Quem de cloro tem pavor,

E carvão só pra churrasco,

Mas foi na mão do carrascos,

Que cada escravo penou.

Quem dá uma de esperto,

Se esquece da honestidade,

E as pessoas verdadeiras,

Hoje em dia são raridades,

O que tem fama se gaba,

Mas quando a fama acaba,

Só resta sentir saudade.

Diz o homem em sua força,

Faço o que me der na telha,

Nem o bicho mais feroz,

A tal homem se assemelha,

Isso lhe atravanca a vida,

Quem tá com dor de barriga,

Não toma mel de abelha.

Não há nada mais gostoso,

Que uma grande amizade,

Não é sábio quem arrisca,

Navegar em tempestade,

Toda história é repetida,

Quando chega o fim da vida,

Ver que tudo foi vaidade.

Deixo minha assinatura,

Nesse texto inteligente,

Com linguagens de figura,

Todo escrito inteiramente,

Recheado de verdades,

Faz sentir necessidade,

De vir aqui novamente.

Cosme B Araujo.

17/01/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 17/01/2013
Reeditado em 31/01/2013
Código do texto: T4090143
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