QUANDO A TERRA É DE MIGUÉ. CADA UM FAZ O QUE QUER!

Por ver tanta coisa errada,

Hoje amanheci pensando,

Vendo do pobre a jornada,

Como esse mundo é tirano,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Até os tais de fulanos..

Olha seu moço que a coisa,

Não está de brincadeira,

Com a grande carestia,

Dentro e fora das feiras,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Não estou dizendo asneira.

Nesse mundo infernal,

Bandido perdeu o medo,

Assaltam em pleno dia,

Com armas de brinquedo,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Já não é nenhum segredo.

O povo já está pedido,

Sem ter pra quem apelar,

Se escapar dos bandidos,

Vai com os impostos penar,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Não dá nem pra comentar.

Brasil terra de pedinches,

Com riquezas sem iguais,

Refúgios dos favelados,

Dos centros aos litorais,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Mudar!Ninguém é capaz.

Vejam que até o quiabo,

Já está virando iguarias,

Com um preço exagerado,

Comer caruru virou fria,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Não tem João e nem Maria.

O numero de viciados,

Já é uma coisa de louco,

E combater essa praga,

Provoca grande alvoroço,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Isto é apenas um esboço.

O craque está presente,

Em todas as sociedades,

É mau de todas as classes,

Sem limites de idades,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Seja no campo ou cidade.

O crime impera nas ruas,

Como uma peste voraz,

O humano virando bichos,

São os pensantes animais,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Do mundo mudou-se a paz.

A política é uma vergonha,

Nessa tal de democracia,

Recheada de pilantras,

No mundo da burguesia,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Eu chamo de patifaria.

Cidades abandonadas,

E lixos tomando as ruas,

A moral está em baixa,

Em tantos que a insinua,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

É a verdade nua e crua.

Tem fraude e malandrice,

Até no âmbito religioso,

Pelos santos milagreiros,

Como um ato prazeroso,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Isso não é ditado novo.

Mas o pobre infelizmente,

Tem a corda no pescoço,

Sem querer se acostumou,

Contentar-se com o caroço,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

Quer seja velho ou moço.

Aqueles que exploram a fé,

Mandam cavar os buracos,

Empurram neles os incautos,

E de dinheiro enchem o saco,

Quando a terra é de Migué,

Cada um faz o que quer,

E esnobam dos mais fracos,

Cosme B Araujo.

16/01/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 16/01/2013
Reeditado em 17/01/2013
Código do texto: T4088353
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