ANTENOR E O BICHO
ANTENOR E O BICHO
Antenor era matuto,
homem do campo,
cheirava mato.
No seu ombro, levava a foice
pra roçar o canavial.
Lá pras bandas das Gerais
ele subia e descia a serra
pra roçar aqueles matos
em meio aos canaviais.
Antenor limpava as canas
e cortava com facão,
que levava em sua mão.
Antenor atardezinha
ia embora para sua casinha
que ficava ao pé da serra.
Antenor passava só,
lá no alto daquela serra.
Quando um bicho sai do mato
e pula nele como um gato.
Antenor com sua foice
corta o bicho em seu regaço.
O bicho luta, o bicho pula!
Antenor rodava a foice
e o bicho defendia.
Antenor gritava acuado:
- Sai pra lá bicho malhado!
Esse bicho é o diabo!
Antenor, no outro dia
conta o acontecido,
segurando o cinturão
isso só por precaução:
- esse bicho é assombração!
Assim contava aquele caso usando este refrão
Antenor com prescrição
assim dizia, meio faceiro,
Antenor a seus companheiros.
Um companheiro.Meio em crítica,
respondeu: É jaguatirica!
Antenor dizia: Chico, eu conheço muito bicho,
lobo guará, onça pintada, leopardo...
é jaguatirica?Mas como esse eu nunca vi.
Passei foice pra lá, passei foice para cá,
e o bicho não consegui acertar.
Ele sumiu como fumaça
lá no meio daquelas “matas”.
Escutei esta história
quando eu era criança.
Ela ficou bem gravada
dentro da minha memória.
A história pode ser mística,
mas é verídica.
Senhor Antenor, depois do acontecimento,
foi seu maior sofrimento.
Sua morte foi misteriosa;
faleceu em trinta dias
depois que o bicho o atacou.
E ninguém naquelas terras
encontrou esse tal bicho.
Todos os trabalhadores
procuraram naqueles matos;
nem vestígios encontraram,
este tal bicho danado.
Até hoje eu passo a pensar
que bicho é esse que atacou?
O coitado do Antenor,
ali naquele interior,
na cidade de Caratinga.
ANTENOR E O BICHO
Antenor era matuto,
homem do campo,
cheirava mato.
No seu ombro, levava a foice
pra roçar o canavial.
Lá pras bandas das Gerais
ele subia e descia a serra
pra roçar aqueles matos
em meio aos canaviais.
Antenor limpava as canas
e cortava com facão,
que levava em sua mão.
Antenor atardezinha
ia embora para sua casinha
que ficava ao pé da serra.
Antenor passava só,
lá no alto daquela serra.
Quando um bicho sai do mato
e pula nele como um gato.
Antenor com sua foice
corta o bicho em seu regaço.
O bicho luta, o bicho pula!
Antenor rodava a foice
e o bicho defendia.
Antenor gritava acuado:
- Sai pra lá bicho malhado!
Esse bicho é o diabo!
Antenor, no outro dia
conta o acontecido,
segurando o cinturão
isso só por precaução:
- esse bicho é assombração!
Assim contava aquele caso usando este refrão
Antenor com prescrição
assim dizia, meio faceiro,
Antenor a seus companheiros.
Um companheiro.Meio em crítica,
respondeu: É jaguatirica!
Antenor dizia: Chico, eu conheço muito bicho,
lobo guará, onça pintada, leopardo...
é jaguatirica?Mas como esse eu nunca vi.
Passei foice pra lá, passei foice para cá,
e o bicho não consegui acertar.
Ele sumiu como fumaça
lá no meio daquelas “matas”.
Escutei esta história
quando eu era criança.
Ela ficou bem gravada
dentro da minha memória.
A história pode ser mística,
mas é verídica.
Senhor Antenor, depois do acontecimento,
foi seu maior sofrimento.
Sua morte foi misteriosa;
faleceu em trinta dias
depois que o bicho o atacou.
E ninguém naquelas terras
encontrou esse tal bicho.
Todos os trabalhadores
procuraram naqueles matos;
nem vestígios encontraram,
este tal bicho danado.
Até hoje eu passo a pensar
que bicho é esse que atacou?
O coitado do Antenor,
ali naquele interior,
na cidade de Caratinga.