O LEGADO DE PAULO FREIRE
Peço licença aos leitores
e a Deus a inspiração
para descrever em versos
e oferecer a educação
o legado de Paulo Freire
na alfabetização
II
19 de setembro
em um bairro comum
na cidade de recife
no ano de vinte um
nasceu Paulo Reglus Neves Freire
alfabetizador como nenhum
III
No quintal de sua casa
foi seu espaço de alfabetização
e utilizando os gravetos
que encontravam pelo chão
aprendeu a ler e escrever
e a se tornar cidadão
IV
Entra na escola aos seis anos
porem já alfabetizado
num colégio particular
sobre o devidos cuidado
de Eunice Vasconcelos
uma professora do estado
V
Em mil novecentos e vinte nove
Paulo com dez anos de idade
seu pai levou a família
pra outras localidades
fugindo da crise, foi morar
em Jaboatão dos Guarapes
VI
Após completar treze anos
Paulo conheceu a dor
por perder o seu papai
a quem tinha tanto amor
sua mãe consolava seu prantos
com um abraço acolhedor
VII
Sua mãe Edeltrudes freire
foi quem passou a sustentar
sozinha toda a família
passando precisões no lar
de material e dinheiro
sem ter a quem reclamar
VIII
Relataremos agora
de Paulo sua mocidade
assim também como ingressou
em uma universidade
tornando-se educador
com muita dignidade
IX
O seu primeiro contato
com a linguagem popular
foi nos campos de futebol
no qual sempre ia jogar
com os meninos mais pobres
residentes no lugar
X
Concluiu os estudos
com grande dificuldade
devido ter poucos recursos
para esta finalidade
foi no colégio Oswaldo cruz
que teve oportunidade
XI
Na faculdade de direito
aos vinte e dois anos ingressou
lá conheceu a professora Elza
com quem mais tarde namorou
e no ano de quarenta e quatro
o matrimonio se realizou
XII
De Paulo e Elza nasceram
cinco filhos na doçura
Maria madalena e Cristina
Maria de Fátima a caçula
Joaquin e Lutgardes
os frutos desta aventura
XIII
Em quarenta e sete ele assume
o cargo de diretor
no Sesi de Recife
sendo a educação o setor
designado a trabalhar
e mostrar o seu valor
XIV
Neste ano teve contato
com a questão da educação
de adultos trabalhadores
e sentiu a precisão
de executar um trabalho
na alfabetização
XV
Paulo freire em cinqüenta e nove
teve grande emoção
doutorou-se em filosofia
e historia da educação
nos mostrou que pra vencer
é preciso superação
XVI
No ano seguinte engajou
nos movimentos do lugar
entre eles o movimento
de cultura popular
onde surgiu o seu método
simples de alfabetizar
XVII
Na campanha de pé no chão
também se aprende a ler
em que Paulo participou
e passou a oferecer
oportunidade aos pobres
para ler e escrever
XVIII
Pra Paulo a educação
e um ato de amor
e a cultura e o resultado
do trabalho criador
o homem é um ser inacabado
e um eterno pesquisador
XIX
“O dialogo aproxima
o homem a sociedade
e a leitura do mundo
nos dar possibilidade
de analisar criticamente
a nossa realidade”
XX
Com o golpe militar
tudo ficou complicado
por causa de suas idéias
Paulo freire e exilado
na embaixada da Bolívia
ficou como refugiado
XXI
Em sessenta e nove ele foi
para os Estados Unidos
convidado para lecionar
e escreveu nesse período
sua mais importante obra
Pedagogia do oprimido
XXII
Dezesseis anos completo
no exílio residiu
e em junho de oitenta
um mandado decidiu
nosso Paulo freire volta
pra reaprender o Brasil
XXIII
Na cidade de são Paulo
em oitenta e nove ele atuou
como secretario de educação
esse cargo ele ocupou
e só em maio de noventa e um
foi ano que se afastou
XXIV
Um infarto em noventa e sete
fez Paulo silenciar
seu coração não resistindo
cessou de movimentar
foi lecionar lá no céu
e aos anjos alfabetizar
XXV
Mais quem segue Paulo freire
sabe que’le não morreu
está presente nas mentes
dos que usam os métodos seu
nas praticas dos professores
e nos livros que escreveu
XXVI
Está presente na arte
na física e na filosofia
na matemática e na historia
e também na geografia
na literatura e na EJA
na busca da autonomia
XXVII
Finalizo esses versos
com amor no coração
agradeço a meu Deus
e a todos os meus irmão
cordelista do nordeste
e poeta do nosso chão
XXIV
lletrados são aqueles
Sem vontade de mudar
Acham que a vida é fácil
Intitulados a ganhar
A moradia dos justos
Sem nem ao menos lutar.
Isaias Eduardo Santa Rosa