Compensações

Compensações

Eu vivo igual ao mineiro,

comendo pelas beiradas;

sem essa de tudo ou nada,

pois o mundo é um fogareiro.

De janeiro até janeiro

eu estou na corda bamba.

No fim da corda a caçamba,

não sei se cheia ou vazia.

O que importa é a poesia

que eu coloco no meu samba.

Já cantei como um canário

no galho do limoeiro.

Fugia do cativeiro,

mas sempre no itinerário

existe a cruz do rosário.

Na dança do capoeira,

bobeou, leva rasteira.

Porém nem tudo é tão mau,

tem o som do berimbau

no alto do meu calvário.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 09/01/2013
Código do texto: T4075950
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.