O RETRATO DA POLÍTICA BRASILEIRA-15.

Esse sistema político,

Não sei onde vai parar,

Com tanta patifaria,

Que vivem a praticar,

Parece até brincadeira,

Essa enorme bandalheira,

Sinto vergonha em narra.

Mas como sou professor,

E também um cidadão,

Pois vivo aqui nesse país,

De injustiças e confusão,

Onde o pobre é esfolado,

Pena que nem condenado,

Pra defender seu pirão.

Acredite quem quiser,

Mas só cego não ver isso,

Tantos caras sendo eleitos,

Parece até ser um vicio,

É uma tremenda miséria,

Mente e enganam a galera,

E não querem compromisso.

Vejam só o que acontece,

Esses caras são espertos,

Botam a mão na cumbuca,

Com os olhos bem abertos,

Tão sempre de sobre aviso,

Fazem queima de arquivos,

Para não ser descoberto.

Todos os dias se ver coisa,

Que nos dão até arrepios,

Com aumento de impostos,

Para o pobre um calafrio,

E uma corja de malacos,

Come e miam como gatos,

Enquanto vive arredio.

Aqui nesse Brasil é osso,

Vejo muitos assim dizer,

Com tanto tipo de imposto,

Pra aumentar o sofrer,

Engordando os tubarões,

Que fazem sumir milhões,

Pra apimentar seu dendê.

Fulano desviou dinheiro,

Ouve-se todo momento,

Caixa dois e caixa três,

Afundando o orçamento,

Só se ver pega ladrão,

E quantos vão pra prisão?

É nosso questionamento.

Promete mundos e fundos,

Sai candidato a prefeito,

Se possível vende a mãe,

Só pra completar o pleito,

Esses caras são espertos,

Constroem mar no deserto,

Na luta pra ser eleito.

Todos viram em que deu,

A turma do mensalão,

Em um mês de julgamento,

Uma tremenda enrolação,

Pra depois de condenados,

Os caras ser liberados,

Pra que mais aberração.

Até seu José Genuíno,

Que por isso foi cassado,

Parece está rindo a toa,

Depois de ser condenado,

ETA cabra inteligente,

Lutou ficou de suplente,

E agora é deputado.

Para o cidadão comum,

A lei tem outro sentido,

Pois se for pego furtando,

Apanha igual desvalido,

A lei não quer nem saber,

Vai na cela apodrecer,

E lamentar o ocorrido.

Se o cara for um político,

A coisa é bem diferente,

Tá bem visto que essa classe,

Tem proteção permanente,

Leva uma vida de barão,

E assim afunda a nação,

Goza a vida livremente.

Parece até ter escola,

Que ensinam as manobras,

Pro cara ficar mais liso,

Que quiabo em gororoba,

Seja ele em qualquer cargo,

Tira até o último centavo,

E o povo toma no toba.

Até o roubo na política,

Veste-se de finos ternos,

Chama-se desvio de verbas,

É um adjetivo moderno,

Fazem sumir o dinheiro,

Porém o seu paradeiro,

Tano quinto dos infernos.

Eu já sei de deputados,

Que estava na prisão,

E mesmo assim foi aceito,

A concorrer à eleição,

A lei não o condenou,

Não é que o cara ganhou!

Isso é mole cidadão?

A cada dezesseis horas,

Um prefeito é cassado,

E essa tal lei eleitoral,

Tá com artigos errados,

Sai um ladrão entra outro,

Que entra lá mais afoito,

Parece até combinado.

Do jeito que a coisa está,

O nosso Brasil vive a esmo,

No domínio dos corruptos,

Um bando de malfazejos,

E por trás dos bastidores,

Come gordo os impostores,

E são honrado em festejos.

Bem diz Raimundo Varela,

Em seu balanço geral,

Tem cada tipo de político,

Um sangue suga infernal,

Comem sem deixar sobejo,

Trocam-se os caranguejos,

Mas a lama é sempre igual.

Essa é a cara do Brasil,

O grande país emergente,

Refugio dos favelados,

Que fingem está contentes,

Esse esquadrão do bem,

Numa espera que não vem,

Pra ser livres realmente.

Quem saber de uma coisa,

Quando isso vai mudar?

Só se o povo tiver vergonha,

E assim aprender a votar,

Não ficar comprometidos,

Com esse bando de bandidos,

Que vivem a lhes enganar.

Quer saber o que é isso?

Assista os noticiários,

E só assim que nós veremos,

O quanto têm mercenários,

Que passam a vida inteira,

Tentando achar uma beira,

Pra ganhar gordo salário.

Propinas e mais propinas,

Ver-se os caras recebendo,

Pode até filmar os caras,

Que fingem não está vendo,

Faz hoje e partem amanhã,

E nas Bahamas e Cayman,

Vão seus depósitos fazendo.

Querem saber o que eu acho?

O povo é o maior culpado,

Pois costumam se vender,

Por uns míseros trocados,

Mesmo sabendo que o cara,

Corta seu lombo na vara,

Apanha e fica calado.

Cosme B Araujo.

09/01/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 09/01/2013
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