O MENINO QUE FICOU DE OLHO ROXO.K K K K K.

Joãozinho era um menino,

Muito esperto e engraçado,

Por todo o lugar aonde ia,

Não se achava apertado,

Mas ele vivia um dilema,

E o seu grande problema,

Era nunca ficar calado.

Morava numa casinha,

Numa rua da periferia,

Seu pai era seu Manoel,

E sua mãe dona Maria,

Esse casal português,

Veio morar de uma vez,

Na rua Santa Sofia.

Levavam sua rotina,

O Manoel e a Maria,

Como ramo de trabalho,

Montou uma padaria,

Nesse ramo de labuta,

Lá no bairro da Tijuca,

Tinha grande freguesia.

Joãozinho era pequeno,

Tinha dez anos de idade,

Cursando a terceira série,

Num colégio da cidade,

Mas pelo que aprontava,

A todo mundo admirava,

Por tanta curiosidade.

O menino era inquieto,

Nada deixava passar,

Tinha os olhos ligeiros,

Para tudo observar,

O moleque era esperto,

Não deixava nada quieto,

Se visse ia comentar.

Tinha uma professora,

Por nome de Margarida,

Que ensinava a Joãozinho,

As coisas boas da vida,

E o menino lhe contava,

O que com ele se passava,

As noticias ocorridas.

Certo dia Joãozinho,

Quando à escola chegou,

Tentava esconder o rosto,

Mas todo mundo notou,

O seu olho estava inchado,

E um tanto arroxeado,

Porém nada ele contou.

Então sua professora,

Começou a indagar,

O que havia acontecido,

Pro menino lhe contar,

Dizia ela meu senhor,

O que você aprontou,

Pra seu olho assim está?

Joãozinho ficou calado,

Não queria responder,

Mas Margarida insistiu,

Querendo assim saber,

Me diga logo menino,

Sei que você é traquino,

Que veio lhe suceder?

Por ela muito insistir,

Ele contou sua história,

Dizendo olha fessora,

Vou dizer tudo a senhora,

Como isso me sucedeu,

Pois foi meu pai que bateu,

Em uma mardita hora.

E disse eu tava deitado,

Quando ouvi papai dizer,

Maria vá se ajeitando,

Hoje a coisa vai ferver,

E minha mãe disse assim,

Deixe o Joãozinho dormir,

Pra gente ter mais prazer.

E o meu pai continuou,

Com aquela brincadeira,

E eu ouvia aquilo tudo,

Em plena segunda feira,

Ai meu pai me chamou,

E um soco me acertou,

Isso doeu pra besteira.

Então disse a professora,

Joãozinho preste atenção,

Quando seu pai lhe chamar,

Pra isso não faça menção,

Fique lá no seu cantinho,

Encolhido e bem quietinho,

Que não causa confusão.

Assim se foi Joãozinho,

Para casa retornar,

Quando foi lá pela noite,

Logo depois de jantar,

Joãozinho se acomodou,

E em sua cama se deitou,

Mas sem os olhos fechar.

No outro dia bem cedinho,

Retornou para a escola,

E com seus dois olhos roxos,

Quase da cor de acerola,

Então a sua professora,

Exime observadora,

Disse consigo ora bolas.

Novamente a professora,

Com o menino ralhou,

E foi logo perguntando,

Você de novo apanhou?

O que foi que aconteceu,

Ou será que respondeu,

Quando o seu pai chamou?

Disse ele não senhora,

Fiz o que a senhora falou,

Deitei-me na minha cama,

Cobri-me com o cobertor,

Tava tudo uma beleza,

Mas azedou com certeza,

Quando a coisa começou,

Eu ouvi o zum, zum, zum,

No outro quarto do lado,

Pensei até ser uma briga,

Disse agora estou lascado,

Ouvi meu pai bocejando,

E a minha mãe gritando,

Em um furdunço danado.

Então mas que de repente,

Ouvi minha mãe dizer,

Ai Manoel já estou indo,

Toda assanhada a gemer,

E eu que estava deitado,

Continue bem calado,

Vendo tudo acontecer.

Foi quando ouvi meu pai,

Dizer me espere minha filha,

Pois os dois chegando juntos,

Vamos ter mais alegria,

Nessa hora não aguentei,

Então pra mamãe gritei,

Também vou dona Maria.

Já que vocês dois tão indo,

Também quero acompanhar,

Eu não vou ficar sozinho,

Plantado neste lugar,

Nessa hora eu desmaiei,

Pelo soco que levei,

Veja agora como está.

A professora então riu,

Com a bobeira do menino,

E disse consigo mesma,

ETA Joãozinho traquino,

Sem poder nada explicar,

Disse deixe como está,

De perto saiu sorrindo.

Aqui termina a história,

Do tal menino Joãozinho,

Filho de seu Manoel,

E Dona Maria Rufino,

Que durante a vivencia,

Teve essa experiência,

Pra deixar de ser malino.

Cosme B Araujo.

07/01/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4071639
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