Tempos de antanho

História tem quem vive,

Tem também quem Ja morreu.

Contar-te-ei uma agora que comigo aconteceu.

Não lembro data nem idade

So sei que era pequena

Quando minha avó mudou de cidade.

Nas férias escolares sempre ia visita-la

Naquele Julho não foi diferente

Em cima de um "pau-de-arara"

Fui para o Pará alegre e contente.

Fui recebida com festa

Bolo de Mangulão e refrigerante geladinho,

Vovó estava la, me enchendo de carinho.

Trazendo um objeto na mão

La veio seu Piauí, meu avô do coração,

Mas se fizerem um teste

Não há quem conteste

Que o mesmo sangue corre em nossas veias

Trouxe ele uma fita cassete

Que logo tratei de pôr no sonzinho.

Começou o forrozinho,

Ouvi o primeiro gritinho

E não é que era o Cãozinho?!

Animada como sempre fui

Eu dancei a tarde inteira

Ouvindo Frank Aguiar

E balançando a cabeleira.

Aquela fita nem sei onde anda,

O estilo musical em mim não se desenvolveu

Hoje a criança cresceu,

Mas aquela tarde nunca esqueceu.

Quem de longe olhar minha história

Irá acha-la desinteressante,

Mas quem viveu uma infância inocente

Vai entender que o meu relato fascinante.

A Máximo
Enviado por A Máximo em 25/12/2012
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