Cordel Embriagado

CORDEL EMBRIAGADO

Enéas, terrível ou glorioso?

Não imitarás o bíblico Finéias... Sem glória!

Gordinho, rechonchudo não é vistoso, mas é bondoso.

Mas o nome é de coincidência incrível,

Repete – glorioso-, o seu time de coração: Botafogo!

Também é exitoso e tem história...

Corre Negão... Onde está o seu time Fogão?

“Pule” - jogo do bicho-, fiado?

Poxa! Convencer o banqueiro... Um enfado...

Que bicho... Não dá nunca... Esse é danado.

“Pule” paga? Sim sua conta está zerada!

Mas nenhum bicho... É só uma manada.

Abastecimento. Cervejas: Brama, Skol... Também refrigerantes.

A Nota, a Nota Fiscal, os números, na cabeça o palpite.

Qual o milhar, a centena. Algum final com bichos ruminantes?

Negão do bicho; Negão anote os números, insiste!

O Cara, impaciente, querendo fazer uma fezinha, bate o pé com raivinha!

Ivo nego velho, danado... Saudades do Senado?

No volante, marcha no câmbio... Arranque de primeira seja galante.

Morenas atenção! Também no bicho, 25 animais... Gostas de elefante?

Canelinha de ouro... Um andante?... Sacanagem “Véio”... É um desdouro!

Ivo, seu palpite. Veja! Na cabeça... Veado!

De noventa e três a noventa e seis... Só prá “oceis”!

Levi, Levi... Canela fina... Fininha...

São Januário sua sina, acredite.

Roberto Dinamite,

Do Vasco, Presidente!

“Só falo no Flamengo, não sai da minha mente,

Não sou Cruz de Malta, sou mengo minha gente!

Não me aporrinha”!

Cadê o Joel! Quem? O sem camisa...

Ora, não a uso! Gosto no peito sentir uma fria brisa...

Mas Cara, o meu calção... Folgadão!

A carteira, o dinheiro, no trazeiro... Maneiro!

Sou igual ao Levi... Torço pelo Vasco amigão,

Meu time do coração.

Esquerda, Esquerda meu, tinha que ser Esquerdinha?

Balança lá e cá... Dá certo na hora H?

Não encha, Pedrinha!

Vá gozar o Fidélis, o Darcy cabelo rabo de cavalo ... Ou o Betinho.

Agora seu Paulo, o Marcão, também aqui ,um trago tomam, é seu vizinho.

Tchau! Gentes boas! Mas vou saindo, me dá meu boné, saio de fininho.

Ralf que magreza é essa?

Antártica uma latinha... Bem geladinha!

O Anderson não vai mais nessa!

Parou. A latinha e outras, abandonou.

Mais o grande Hélio “Para Tudo” entornou,

Igual ao Limãozinho entorna devagar, mas à beça!

Ramiro sem internet – no Bar do Paraná-, nenhum pastel?

Paraná aproveita e atenda rápido, hoje algum real ele gasta.

Zequinha e o Carlão “cobras” no assunto futebol, ditam regras... Uma babel,

Ainda mais sendo ambos vices . Triste sina: Um Botafogo o outro Vasco,

Chiam! Chiam! Sofrem! Não venham que tem. E não tasco!

Não tem jeito. Vão todos morrer na praia, vão para o bebeléu.

Paraná cadê o Pinduca? “Não...Não cutuca”?

E o senhor Manoel?

Rapaz, que longevidade! Nove dezenas sua idade!

Sua paixão. Autêntico flamenguista.

Sobrenome Barnabé. Sua história, literatura de cordel.

Não esqueçam suas conquistas.

Velho amigo, um abraço. Uma saudade!

Café! Olhem o café!

Idosos na casa de repouso aproximem!

Açúcar, pó... De graça... Esquerdinha boa praça.

A turma do Sheik’s Bar – Casa e Repouso? -, não arreda pé.

Café de graça só aqui tem.

Em Itapoã... Imitar! Jamais ninguém...

Cultura, conhecimento se encontram em boteco?

Ou iguais a papagaios... Repeteco?

Ei! Universitário! Ajude-nos mestre Jorge!

Ou A Gazeta, A Tribuna dos: Merval, Rossi, C. Humberto... Cultura distorce.

E o nosso revisor? Dos Jornais famosos: Brasil, Folha, U. Hora...

Não nos ajuda? Os Jornais morreram... E agora?

Pesarosos, digamos juntos: “ Estamos fora, fora, fora! Por fora”!

Ah! Ah neste cordel... Hein? Não é Bordel!

Vamos todos no cordão pendurar?

Oba! Bebidas na Pamonheira, no Miro e no Parakapá...

Não se embriaguem, não pode embebedar.

Esqueçam! Contas, nada de prego para pendurar!

Contas de pinga, vamos em reais pagar.

Essa turma de cabelos grisalhos fincou barraca no Skeik’s Bar,

Ficam a olhar – “olhar pidão” -, da esquina a do passado lembrar...

Meninas – morenas, loiras, negras a caminhar, flutuar!

Rebolados ritmados; requebrando, matando os dá terceiras idades...

Que saudades!

Nós, nem tanto terceira... A babar, a babar!

Chove chuva... S. Pedro não se cansa!

Mesmo velho, antigo, quer sempre aparecer... Não se manca!

S. Francisco, coitado do Chiquinho, no protesto é quem dança.

Mesmo com águas até à pança, e que pança!

Nós, “os da terceira”, vamos aos botecos para a pajelança!

Com esta rima? Não me matem... Descansa!

Descansar? Não agora...

Antes, tenho que de futebol comentar.

O carioca? O paulista? O Paraná, um só santista!

Botafoguenses de primeira hora...

Zequinha (Oriximiná?), Anderson, Ralf, Enéas. Num monociclo!

Tricolores do pó das flores... Nandinho, Ramiro... Que cores?

Cruzmaltinos? Um bocado! Roberto, Joel, Levi... Num triciclo!

Rubros negros? Esses sim! Milhões... Uma jamanta lotar!

Agora para finalizar, pretender se escritor não é só desejar.

Pedrinha, Pedrinha... Acorda! Deixe de sonhar.

Dá-nos um tempo. Deixe-nos descansar.

BNandú Mai/2011

BNandú
Enviado por BNandú em 20/12/2012
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