O cavaleiro da esperança!
Era um cavaleiro andante nas estradas do sertão.
Onde passava sempre falante estendendo a minha mão.
O que faço neste instante é cumprir minha missão.
Dizia ser vaqueiro, pastor, também um velho bem prudente.
Passageiro de um vapor domador de cão valente
Sendo também conservador do amor que ele ama e sente.
Sua vida costumeira convencido ele diz não sou.
O que diz uma faladeira que dele sempre falou.
Dizia ele vivo à minha maneira dou de mim o que restou.
Sempre dava ao condenado novas forças pra lutar.
Ele mostrava que o passado é preciso reparar,
E que pra ser respeitado tem muito pra melhorar.
Levava luz ao caminhante que caminha sobre o chão.
Procurando pela amante que lhe deu satisfação.
Mostrando a ele em um instante que precisa de perdão.
Levava pão para o faminto que no dia não comeu
Teria a sorte que eu pressinto feita pelo que ele deu.
Sobre o destino elediz não minto cada um constroi o seu.
Levava paz pro combatente amor para o abandonado.
Remédio para o doente perdão para o injustiçado.
Doava coragem pro valente ser também bem educado.
Distribuia a esperança entre os lares que visitava.
Dava a todos tolerância violência não permitia.
Mostrava que a intolerância está sempre atrás do grito.
Estendia a mão ao companheiro que no seu dia emprestou.
O gibão para o primeiro corpo nu que encontrou.
E ao sedento sem dinheiro tinha água que restou.
Seu cavalo não tinha asa possuia pata protegida.
Sabe onde é a sua casa onde está sua comida.
A viagem nunca atrasa por causa desconhecida.
Sua sela sem correia não lhe servia de algema.
Não invadia terra alheia respeitar é o seu lema
O sangue que tem na veia nunca lhe causou problema.
Seu cantil é sempre cheio de remédio pra ilusão.
Quando fica pelo meio é porque a ingratidão.
Quis pegar amor alheio pra fugir da solidão.
Nessa hora o seu remédio dá alívio à dor atroz.
Ele acaba com o tédio não deixa ninguém a sos
Foge de qualquer assédio do amor escuta a voz.
Ele em sua cavalgada Ouvia a voz de uma criança.
Que está na minha estrada entregando a esperança.
Mostrando que na sua jornada também tem ignorância.