O remelexo do Vovô

O Remelexo do vozão

Jorge Linhaça

O vozão não perde uma

Gosta mesmo é de festança

Ligeirinho se arruma

Sua beca ele apruma

E cai ligeiro na dança

Foi-se o tempo em que o vozão

Se sentava de chinelo

Em frente à televisão

Com sorriso amarelo

Hoje o vozão vai à luta

Procurando diversão

Se vê uma saia curta

Logo morre de paixão

O vovô requebra e dança

No salão de norte a sul

Joga suas esperanças

no tal comprimido azul

Se der brecha ele embarca

Vai a luta e não se aperta

E se um dia ele infarta

Não tomou a dose certa.

Salvador, 26 de janeiro de 2012