UM CANTO A MINHA TERRA!
Tem no peito esse poeta,
De consciência inquieta,
Em sua dor incontida,
Um amor imponderado,
Por esse torrão amado,
Minha Rondônia querida.
Terra que me viu nascer,
Aonde aprendi viver,
Seguir minha trajetória,
Desde os tempos de criança,
Alimentei a esperança,
Aqui vivi minha história.
De ser feliz por aqui,
Tantas coisas aprendi,
E guardo no coração,
Os meus dias de vivencias,
Nos anos de experiência,
Em cima desse torrão.
Em vida de aventureiro,
Um filho de seringueiro,
Descende de nordestinos,
Guerreiro desbravador,
Que sua vida deixou,
Formado tenro menino.
Depois de tantos janeiros,
Nesse norte brasileiro,
Acanha-me o coração,
Na morte da natureza,
Enchendo-me de tristeza,
Por ver assim meu torrão.
Perdendo suas florestas,
E o pouco que ainda resta,
Das belezas e encantos,
Vejo desaparecendo,
Suas nascentes morrendo,
De suas matas verde manto.
Consome-se pelas chamas,
Minha emoção se inflama,
Nas chuvas torrenciais,
Que já se fazem tão pouca,
Faz-me ressecar a boca,
Beber de seus mananciais.
Seus rios encachoeirados,
Pelo progresso encharcado,
Dessa tal modernidade,
Trago nas mãos calejadas,
A herança das jornadas,
Em busca da felicidade.
Na lavra desse torrão,
Ao fincar a plantação,
Sinto os olhos marejar,
E o caboclo verdadeiro,
Vive estranho desespero,
Com tudo que aqui está.
Olhando pra longo estio,
Que ameaçam nossos rios,
Cheios de bancos de areia,
Rios caudalosos e serenos,
Que sinto fazer acenos,
Pedindo tempos de cheias.
Parece se despedindo,
Rogando o auxilio divino,
A cuidar da natureza,
Mãe maior de todos nós,
Clamando por todos nós,
Berço de tantas riquezas.
Rios que seguem a deslizar,
Em rebentos a se espalhar,
A drenagem dessas terras,
Como deusas seminuas,
É essa verdade crua,
Nas exuberantes serras.
Nos cantões desse Brasil,
O nosso céu de azul anil,
Hoje se encontra cinzento,
Ante os olhos do universo,
Pela marcha do progresso,
Vivemos esse tormento.
Venho meus olhos mirar,
Sentindo lágrimas pingar,
Quando olho o horizonte,
Choro como humilde filho,
De meus olhos vão-se o brilho,
Num respirar ofegante.
Por ver tudo se acabar,
Que mais me resta olhar,
Quando o progresso maldito,
Destrói o nosso universo,
Fazendo tudo ao inverso,
Deixando aqui tudo aflito.
E o sonho que se tinha,
Percebo sorte mesquinha,
Apertar-me o coração,
Na devastação selvagem,
Soa-nos triste mensagem,
Em tanta incompreensão.
Poluindo nossos regaços,
Vivemos triste embaraço,
Sinto-me um tanto inibido,
A dor no peito não cala,
Tristeza me toma a fala,
Rondônia berço querido.
Hoje me veio à idéia,
Pra contar-te em epopéia,
Compondo-te uma canção,
Pra cantar tuas belezas,
Pois foi aqui com certeza,
Que plantei meu coração.
Cosme B Araujo.
18/11/2012.
Tem no peito esse poeta,
De consciência inquieta,
Em sua dor incontida,
Um amor imponderado,
Por esse torrão amado,
Minha Rondônia querida.
Terra que me viu nascer,
Aonde aprendi viver,
Seguir minha trajetória,
Desde os tempos de criança,
Alimentei a esperança,
Aqui vivi minha história.
De ser feliz por aqui,
Tantas coisas aprendi,
E guardo no coração,
Os meus dias de vivencias,
Nos anos de experiência,
Em cima desse torrão.
Em vida de aventureiro,
Um filho de seringueiro,
Descende de nordestinos,
Guerreiro desbravador,
Que sua vida deixou,
Formado tenro menino.
Depois de tantos janeiros,
Nesse norte brasileiro,
Acanha-me o coração,
Na morte da natureza,
Enchendo-me de tristeza,
Por ver assim meu torrão.
Perdendo suas florestas,
E o pouco que ainda resta,
Das belezas e encantos,
Vejo desaparecendo,
Suas nascentes morrendo,
De suas matas verde manto.
Consome-se pelas chamas,
Minha emoção se inflama,
Nas chuvas torrenciais,
Que já se fazem tão pouca,
Faz-me ressecar a boca,
Beber de seus mananciais.
Seus rios encachoeirados,
Pelo progresso encharcado,
Dessa tal modernidade,
Trago nas mãos calejadas,
A herança das jornadas,
Em busca da felicidade.
Na lavra desse torrão,
Ao fincar a plantação,
Sinto os olhos marejar,
E o caboclo verdadeiro,
Vive estranho desespero,
Com tudo que aqui está.
Olhando pra longo estio,
Que ameaçam nossos rios,
Cheios de bancos de areia,
Rios caudalosos e serenos,
Que sinto fazer acenos,
Pedindo tempos de cheias.
Parece se despedindo,
Rogando o auxilio divino,
A cuidar da natureza,
Mãe maior de todos nós,
Clamando por todos nós,
Berço de tantas riquezas.
Rios que seguem a deslizar,
Em rebentos a se espalhar,
A drenagem dessas terras,
Como deusas seminuas,
É essa verdade crua,
Nas exuberantes serras.
Nos cantões desse Brasil,
O nosso céu de azul anil,
Hoje se encontra cinzento,
Ante os olhos do universo,
Pela marcha do progresso,
Vivemos esse tormento.
Venho meus olhos mirar,
Sentindo lágrimas pingar,
Quando olho o horizonte,
Choro como humilde filho,
De meus olhos vão-se o brilho,
Num respirar ofegante.
Por ver tudo se acabar,
Que mais me resta olhar,
Quando o progresso maldito,
Destrói o nosso universo,
Fazendo tudo ao inverso,
Deixando aqui tudo aflito.
E o sonho que se tinha,
Percebo sorte mesquinha,
Apertar-me o coração,
Na devastação selvagem,
Soa-nos triste mensagem,
Em tanta incompreensão.
Poluindo nossos regaços,
Vivemos triste embaraço,
Sinto-me um tanto inibido,
A dor no peito não cala,
Tristeza me toma a fala,
Rondônia berço querido.
Hoje me veio à idéia,
Pra contar-te em epopéia,
Compondo-te uma canção,
Pra cantar tuas belezas,
Pois foi aqui com certeza,
Que plantei meu coração.
Cosme B Araujo.
18/11/2012.