TRAIDO PELO AMOR

1-Um senhor viu que na verdade
O amor sempre no lar existia
Era a maior paixão da esposa
De olho no que ele tinha.
No nome da mulher passou
Quando ele no cartório assinou
Todos os bens que ele possuia

2-isso foi o suficiente
Para a esposa mudar
Brigava com o esposo
Sem motivo encontrar.
Ele já velho e cansado
E em casa humilhado
A mulher chegou a expulsar.

3-Sobre o banco de uma praça
Percebo um ancião assentado
Sozinho olhando o tempo
E a lágrima rosto molhado.
Vendo o seu abandono
Daquela que dividia o sono
E pensava ser amado.

4-Um dia ele foi casado
Possuiu filho e mulher
Os filhos todos casaram
A mulher hoje não lhe quer.
De casa ela a expulsou
Dizendo o amor acabou
Var pra onde quiser.

5-A praça foi sua solução
Os bens a mulher lhe tomava
Sem um trocado no bolso
Ele baixava a cabeça e pensava.
Sentado no banco da praça
E a mulher achando graça
Por tudo que ele passava.

6-Sem comer e sem beber
Dele a mulher não cuidava
Nem um prato de comida
Pra o marido ela mandava.
A fome sempre lhe apertou
O pessoal que ali passou
Tinha pena e ajudava.

7-Sempre aquele cidadão
Via a noite fria chegar
Dormia sem cobertor
Sentia o sol lhe acordar.
Sem roupa e sem comida
Sem casa e sem dormida
Sem alguém pra ajudar.

8- sentado naquele banco
Via as estrelas no céu brilhar
Triste e apenas lamentando
E ali cada estrela ia contar.
Sem presente, sem futuro.
Via o céu todo escuro
E começava a chorar.

9-Apenas quatro meses
Esse senhor suportou
Jogado sobre a praça
Muito fraco ficou.
Sempre na esposa a pensar
Quando tava no altar.
Tudo que ela jurou.

9-Assim o ancião não suportou
Continuou na praça desprezado
Chegou um simples cachorro
E ficou feliz ao seu lado.
Com a cauda balançando
O ancião lhe abraçando
E dando carinho conformado.

10-Mais muito debilitado
O ancião não suportou
Abraçado com o cachorro
Baixou a cabeça e chorou.
O cão sua lágrima lambia
Pra o céu o senhor partia
E assim seu dia terminou.

11-aquela mulher maldita
.pra o sepultamento não foi
O corpo do pobre senhor
Foi levado no carro de boi.
O cortejo na rua passava
Quem a viúva avistava
Não dizia nem oi.

12-mais o senhor foi sepultado
Em um tumulo bem preparado
Cheio de flores brancas
E ele no caixão arrumado.
O cachorro no tumulo ficou
E a viúva perto não chegou
E o animal junto deitado.

13-aquele pobre animal
Muito dia não aguentou
Farejava o tumulo do amigo
E um pouco ele cavou.
Fraco e sem comida
Assim encerrou a vida
E o cão se acabou.

14-a viúva se fazendo de vitima
Por isso ela já esperava
Chorava feito uma louca
E ninguém lhe apoiava.
Pegou uma peça de corda
Antes que a visinha acorda
A velha se enforcava.


15-Esse é um simples cordel
E pode ser uma reflexão
Quantos prometem ser fiel
Na presença do capelão.
Vamos em Deus confiar
E o próximo a mar
De todo o coração.



João Pessoa-09-11-2012
Armando Morais
Enviado por Armando Morais em 09/11/2012
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