NA TRAJETÓRIA DA VIDA. 05.

Olha eu aqui outra vez,
Para trazer pra vocês,
Aos novatos e ao freguês,
E aos amantes dessa arte,
Pra falar da trajetória,
Que cada um na história,
Faz pra cumpri sua parte.

Todos sabem ser verdade,
Mesmo em dificuldades,
Desde a sua infantilidade,
Passamos a perceber,
Que à vida tem caminho,
Encravados de espinhos,
Pronto a nos fazer sofrer.

Na inocência da criança,
Adultos tem esperanças,
Dão votos de confianças,
Em uma vida de sucessos,
E com o passar do tempo,
Acumulam-se tormentos,
Na inversão do universo.

Ao deixar as criancices,
Acham que tudo e tolice,
Só pra sair das mesmices,
Entra em sendas estranhas,
Vão nas mesmas se iludir,
E depois que querem sair,
Sabem ser teias de aranha.

O certo é que nesse mundo,
Seja Pedro ou Raimundo,
Se cochilar um segundo,
Fica perdido no tempo,
Já se conhece o resultado,
Pra todos despreparados,
Resta exaustivo tormento.

O jovem sem experiência,
Pensa que tem competência,
Na prática das imprudências,
Passa o tempo na insensatez,
Não dá a minha pra estudar,
E quando a banda passar,
Vai chorar por não ter vez.

Talvez eu tenha razão,
Ou seja, só um falastrão,
Porém não sou vacilão,
Pra ficar perdendo a hora,
Todos querem está certos,
Essa vida é um jogo aberto,
E ver melhor quem ta de fora.

Todos nós seres pensantes,
Em momentos vacilantes,
Como estradas derrapantes,
Temos horas de bobeiras,
Não quero meter bedelho,
Mas o mundo é um espelho,
Que mostra nossas besteiras.

No tempo que Deus nos dá,
Tantos procuram acertar,
Muitos continuam a errar,
Isso faz parte dessa vida,
E todo aquele que não erra,
Saibam não ser dessa terra,
Tem casta desconhecida.

Conter um instinto tirano,
Faz parte do ser humano,
Ter seu momento insano,
Sujeito a fazer loucuras,
E então nessa trajetória,
Jogar por terra sua gloria,
E perecer na amargura.

Salomão já nos dizia,
Que a grande glutonaria,
Vive junto às iguarias,
De banquetes requintados,
E quem fica com fiador,
Dar-se a vida no penhor,
Dos empréstimos retirados.

No trajeto da jornada,
Na vida a todos outorgada,
Ninguém escapa à espada,
Quando o seu dia chegar,
Assim não tem chororô,
Se o fim da estrada chegou,
Não tem pra quem apelar.

Mas o homem é valente,
Debate-se quer ir a frente,
Não se entrega de repente,
Luta até a última hora,
Até que o fôlego de vida,
São de suas forças banida,
E sem querer vai se embora.

E em momento mesquinho,
Assim se finda o caminho,
Que o ser humano sozinho,
Procura sempre prolongar,
Mas sabe que tudo tem fim,
Quer seja bom, ou seja, ruim,
Debate-se pra nunca chegar.

Assim são os ciclos da vida,
Tem chegadas e despedidas,
Tantas chagas doloridas,
Difíceis pra ser curadas,
Mas neste mundo de gente,
Precisa morrer a semente,
Pra vida ser procrastinada.

Então nessa trajetória,
Cada um tem sua história,
E tantas coisas ilusórias,
Enredam a vida do homem,
Que se perde no trajeto,
Mesmo se julgando esperto,
Nas fantasias se consomem.

Cosme B Araujo.
06/11/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 06/11/2012
Reeditado em 07/11/2012
Código do texto: T3971871
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