CADA POLÊMICA!
SÓ FALTAVA ESSA!.


Estou voltando de novo,
E trazendo a todos vocês,
Através desse cordel,
No meu rude português,
Não estou com apelação,
Parece que nossa nação,
Virou um país de inglês.

Pra onde aponta o olho,
O que se ver é piratarias,
Fraudando os originais,
E ganhando as freguesias,
Nosso país meu senhor,
É o império do camelô,
E a pensão dos bóias frias.

Fico às vezes imaginando,
Onde tudo isso vai parar,
Com os salários arrochados,
E tantos impostos a pagar,
Que o pobre trabalhador,
Vive um filme de terror,
Sem ter como se safar.

O que eu acho ser pior,
É ver essa descaração,
De pacotes que se criam,
Dizendo-se ter razão,
Isso entendo ser afronta,
E quem é que paga a conta,
Eu e você meu irmão.

Já está claro que é aqui,
O império da fantasia,
Em nosso amado Brasil,
Que o couro do pobre chia,
Quem trabalha na verdade,
Sofre nas desigualdades,
De domínio da burguesia.

O que muita gente não sabe,
Porque não prestam atenção,
Que se paga mais impostos,
Do que em qualquer nação,
E o pobre paga dobrado,
E muitos dos afortunados,
Engordam em sonegação.

O que esperar de um país,
Em que e a lei é direcionada,
Pois condena o trabalhador,
Que não pode fazer nada,
Fazendo livre ao ladrão,
Que tira do pobre o pão,
Deixando-o numa roubada.

Virou mesmo o país da bolsa,
O nosso Brasil ultimamente,
Bolsa escola bolsa família,
Só falta ter bolsa dentes,
Esse mundo está perdido,
Tem até bolsa bandidos,
Isso é real infelizmente.

Trabalhador que se ferre,
Nesta nação sem noção,
Onde o tal salário mínimo,
É mínimo mesmo com razão,
Pagos por nossa previdência,
Isso é mais que indecência,
É de cortar-me o coração.

Enquanto o trabalhador,
Rala igual um condenado,
Trampando de sol a sol,
Dar um duro desgraçado,
E o bandido na cadeia,
Vive com a barriga cheia,
Dorme sono sossegado.

É mesmo de se espantar,
Essa intrigante regalia,
Gozada por alguns presos,
Sem nenhuma burocracia,
Preso está só no papel,
Bebe o leite e come o mel,
Nessa tal de democracia.

Pois é de quase mil reais,
O tal de salário reclusão,
Que recebe o apenado,
Como forma de pensão,
Alguns com esse dinheiro,
Compra até o carcereiro,
E vai embora da prisão.

O cidadão que trabalha,
Pra cumprir o seu dever,
Precisa ser milagreiro,
Pra conseguir sobreviver
Enquanto que o presidiário,
Recebe um gordo salário,
Sem ter nada pra fazer.

Pra ter direito na saúde,
O cidadão trabalhador,
Precisa pagar um plano,
Isso é regra meu senhor,
Quem paga não tem direito,
Já pro bandido é perfeito,
Pra ele não falta doutor.

A coisa ta desandada,
Vejam só quanta ironia,
Que o cidadão de bem,
Vive tremenda agonia,
Trabalha pra se acabar,
 Mas não pode desfrutar,
Do seu pão de cada dia.
 
O sujeito dá um duro,
 Pra um veículo comprar,
Pagando todos os impostos,
Que o estado lhe cobrar,
Vem e lhe assalta o bandido,
Vai preso e fica protegido,
Pra ninguém lhe maltratar.
 
Com essa tal de emenda,
Desse salário reclusão,
Tem muitas cabeças ocas,
Sendo bandido e ladrão,
Mesmo sendo encarcerado,
Preso vive mais folgado,
Do que muitos cidadãos.
 
Trinta centavos é a cota,
Que vem pra educação,
Repasse pra tal merenda,
Que é uma aberração,
Para o preso e apenado,
Maionese e franco assado,
Para os alunos água e pão.
 
Do jeito que a coisa anda,
Não se ver mais maré cheia,
Vive muito mais folgado,
Os presos lá na cadeia,
Tem médico e até dentista,
Psicólogos e oculistas,
Com café almoço e ceia.

O trabalhador levanta cedo,
Pra na fila do SUS entrar,
Fica na fila o dia inteiro,
A espera de um Deus dará,
Chega o preso e de repente,
É atendido em sua frente,
Isso é duro de agüentar.

Para esse sistema político,
É só assim que funciona,
Vai- se empurrando o carro,
Sempre a troco de bananas,
Deixam atrás a educação,
Investe-se mais em prisão,
E o que paga entra em cana.

O tal de direitos humanos,
Pro cidadão é uma desgraça,
Protege demais ao bandido,
Não importa o que ele faça,
Mesmo ficando encarcerado,
É pelo governo sustentado,
Pra ficar comendo de graça.

E assim vamos vivendo,
Na espera de melhoras,
O que a gente não sabe,
Qual o dia e nem a hora,
Que as nossas autoridades,
Vão pensar na sociedade,
Que vive triste penhora.

Cosme B Araujo.
31/10/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 01/11/2012
Reeditado em 07/11/2012
Código do texto: T3962701
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.