NAS CORDAS DO MEU CORDEL

Nas cordas de meu cordel

Me equilibro e embaraço

Sou bandida e mocinha

Com as palavras me acho

Sou criança boazinha

Corro, brinco, vou ao céu

Nas cordas do meu cordel.

Nordestina que se preza

Sertaneja, sim, senhor!

Semeio o meu caminho

Apreciando o labor

Sigo desvendando o véu

Nas cordas do meu cordel.

Não preciso de doutor

Vou curando as feridas

Rimo, sem estardalhaço

Vou rimando com a vida

Rimo até com meu anel

Nas cordas de meu cordel.

A poesia me encanta

Tenho paixão pelos versos

Aprendi desde criança

A rimar com o universo

Derramo poesia e mel

Nas cordas de meu cordel.

Admiro Patativa

O poeta sertanejo

Sabedoria em versos

Cantador de muito apreço

Pra ele eu tiro o chapéu

Nas cordas do meu cordel.

Homem pra ter sapiência

Não precisa de escola

Basta apurar o olhar

E ler o mundo a fora

Separar o doce do fel

Nas cordas do seu cordel.

Contribuição majestosa de meu amigo Carcel:

"Se soubesse que suporta

Eu até me arriscaria

De também me pendura

Para mostrar poesia

E fazer o meu papel

Nas cordas de teu cordel."

Obrigada, colega!!!

Suzana Duraes
Enviado por Suzana Duraes em 28/10/2012
Reeditado em 28/02/2021
Código do texto: T3956924
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