NAS CORDAS DO MEU CORDEL
Nas cordas de meu cordel
Me equilibro e embaraço
Sou bandida e mocinha
Com as palavras me acho
Sou criança boazinha
Corro, brinco, vou ao céu
Nas cordas do meu cordel.
Nordestina que se preza
Sertaneja, sim, senhor!
Semeio o meu caminho
Apreciando o labor
Sigo desvendando o véu
Nas cordas do meu cordel.
Não preciso de doutor
Vou curando as feridas
Rimo, sem estardalhaço
Vou rimando com a vida
Rimo até com meu anel
Nas cordas de meu cordel.
A poesia me encanta
Tenho paixão pelos versos
Aprendi desde criança
A rimar com o universo
Derramo poesia e mel
Nas cordas de meu cordel.
Admiro Patativa
O poeta sertanejo
Sabedoria em versos
Cantador de muito apreço
Pra ele eu tiro o chapéu
Nas cordas do meu cordel.
Homem pra ter sapiência
Não precisa de escola
Basta apurar o olhar
E ler o mundo a fora
Separar o doce do fel
Nas cordas do seu cordel.
Contribuição majestosa de meu amigo Carcel:
"Se soubesse que suporta
Eu até me arriscaria
De também me pendura
Para mostrar poesia
E fazer o meu papel
Nas cordas de teu cordel."
Obrigada, colega!!!