Tenhamos Cidadania Respeitando o Semelhante
Autor: Marciano Medeiros
Vou demonstrar pra vocês
Como ter cidadania,
Num mundo tão corrompido
Por maldade e vilania,
A primeira etapa é,
Não fazer velhacaria.
Gregos com filosofia
De maneira muito eclética,
A doutrina da moral
Chamaram logo de ética,
Que precisa ser lembrada
No tempo da cibernética.
Sem teoria patética,
Existe a moralidade,
Mandando o homem viver
Com bastante honestidade,
Para ser bom cidadão
Na sua comunidade.
Tendo plena liberdade,
Viverá com alegria,
Quem respeitar nossa lei
Terá do crime alergia,
Praticando certamente,
Essa tal cidadania.
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Cabras sem categoria,
Andam fazendo mal feito,
Não desejam seguir regras
E vivem de qualquer jeito,
Esquecendo que o dever,
Sempre antecede o direito.
Vejo grande desrespeito,
Contra o nosso semelhante
E não é bom cidadão
Quem faz boato intrigante,
Porque transforma o planeta,
Num lugar apavorante.
Outra coisa torturante
Dar apoio à violência,
O cidadão que faz isso,
Alimenta a delinquência,
Quem possui cidadania
Não gosta de prepotência.
Assistimos decadência
No regime social,
Pois tem quem ache correto
Abuso policial,
Quando espancam gente pobre
Com arrogância brutal.
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Tem quem ache isso normal,
Sem falar nada escondido,
Vão dizendo que a tal surra
Foi algo bem merecido,
Onde o militar valente,
Só torturou um bandido.
Agressão contra um rendido,
Massacra a cidadania,
Em nosso código penal
Não existe covardia,
Quem assume essa atitude,
Comete patifaria.
A nossa lei contraria,
Processo torturador,
É crime inafiançável
Lhes digo com destemor,
Que chega até oito anos,
A pena do infrator.
Um cidadão de valor,
O seu direito conhece,
Sabe que havendo flagrante
Pra justiça o caso desce
E que o juiz faz sentença
Que nossa lei reconhece.
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O povo também padece,
Sentindo muita agonia,
Por olhar corrupção
Praticada a luz do dia,
Vendo políticos sem ética,
Matando a cidadania.
Nossa Pátria se angustia,
Nesta feia trajetória
E os jornais indignados,
Mostram tudo com vanglória,
Mas grande parte do povo
Parece não ter memória.
Pois numa atitude inglória,
Quando vem outra eleição,
O eleitorado esquece
Dessa tal corrupção
E vota seguidamente
Num candidato enrolão.
E quem paga é a nação,
Digo sem demagogia,
Os efeitos viciosos
De tão massacrante orgia,
Que causa aleijos profundos
Em nossa democracia.
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Pude assistir noutro dia,
Uma grande reportagem,
Onde ladrões pra falar
Botaram até maquiagem,
Depois contaram seus roubos
Com terrível pabulagem.
Queriam ter bela imagem
Projetada na telinha,
Ninguém lhes fez ameaça
E nem pergunta mesquinha,
Mas seria diferente
Com um ladrão de galinha.
Não vamos perder a linha,
Nem matar o otimismo,
Pra manter cidadania
É preciso realismo
E jamais será ladrão
Quem possui idealismo.
Falemos no banditismo
Que maltrata até criança
E do Brasil que não pode,
Perder a flor da esperança,
Pois quando um povo tem fé,
A Pátria também avança.
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Tenhamos perseverança
Neste clima diferente,
O nosso planeta agora
Está ficando bem quente,
Mostrando perturbações
Em todo meio ambiente.
Ninguém fique indiferente,
Reduza a poluição,
Evitando jogar lixo
Nas calçadas pelo chão,
É este o comportamento
Dum honrado cidadão.
Não tem discriminação
Quem fala em cidadania,
Segue a vida com decência
Sem prática de homofobia
E defende os oprimidos
Que vivem sem moradia.
Quando lava as mãos na pia
Não deixa a água vazando,
Por saber que nosso povo
Do líquido está precisando,
O cidadão competente
Batalha economizando.
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Não vive teorizando,
Procura minimizar,
Os conflitos existentes
No mundo e dentro do lar,
Aprendendo a conviver
Com nobreza singular.
Numa conduta invulgar,
Respeita a legislação,
Comparece com seu título
Quando chega a eleição,
Pra votar num candidato,
Sem ter negociação.
Não gosta de confusão,
Nem de brigar com vizinho,
Quem vive a cidadania,
Sempre desperta carinho,
Servindo de bom exemplo
Neste mundo em desalinho.
Sabe que mesmo sozinho
Vale a pena prosseguir,
Na estrada do respeito
Desejará sempre ir
E quem fizer coisa errada,
Não lhe fará delinquir.
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Sem gostar de perseguir,
Respeita ideologia,
De quem pensa diferente,
Mas não apoia anarquia,
Por saber que desrespeito,
É contra a cidadania.
Vai andando a luz do dia,
Sem temer perseguição,
Pois reconhece os direitos,
Lá da Constituição,
Nossa principal coluna
No governo da Nação.
Um completo cidadão,
Aprendeu se comportar,
Vivendo em sociedade
Vai procurando ajudar,
Naquilo que for possível,
Deseja influenciar.
Agora vou terminar,
Falando num tom vibrante,
Que cumpramos nossas leis
Neste Brasil tão gigante,
Tenhamos cidadania
Respeitando o semelhante.
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