o fundo do poço
Este caso é realista
De um dono de fazenda
Repercutido no mundo
Virou até uma lenda
Perfurou um grande poço
Pra tirar agua do chão
Pra vender agua bem cara
Pro povo da região
Naquele seco nordeste
O fazendeiro enricou
Mudou-se para cidade
E o poço abandonou
Deixou o poço sem tampa
E o sol bateu em cima
Secou aquele lençol
Tambem a agua da mina
Trinta ou quarenta metros
Era a fundura do tal
Um eminente perigo
Pra qualquer um animal
Se caisse nesse poço
De la nunca mais saía
Porque era muito fundo
Que nem o fundo se via
Mas nem tudo bom é sorte
Nem todo mal é azar
Veja o que aconteceu
Com o caçador jaó cocá
Jão cocá tava caçando
No breu da noite sem lua
Avistou um tatu bola
Andando na frente sua
Olhava só pro tatu
Ele não via mais nada
Preparando sua mira
Apontou a espingarda
Deu um paço para frente
E apertou o gatilho
Viu o tatu desviar
E sair fora do trilho
Jaó coca seguiu sem medo
Na trilha que ia indo
Mas viu dinovo viu o tatu
O seu caminho seguindo
Então coca atirou
Com a sua carabina
E dando um paço pra frente
Caiu no poço sem mina
Jão coca caiu no poço
Mas por sorte não morreu
Porem teve uma surpresa
Quando o dia amanheceu
Pois apareceu um homem
Crente de religião
Disse tenha fé em Deus
Que tu num vai morrer não
Então passou outro homem
Que perguntaste tem fé?
Reze pra nossa senhora
E Jesus de Nazaré
Outro disse tantas coisas
Um monte de baboseiras
E lhe deu pasta de dente
Uma vela e uma esteira
Mas nem tudo ta perdido
Basta só você lutar
Quando a coisa fica feia
Você tem que se virar
Apareceu um senhor
Recente na região
Que viu o grande buraco
E tomou a decisão
Vou entupi esse poço
Para evitar o risco
Pois se alguém cair nele
Vai sumir que nem um cisco
E começou jogar terra
Com um carrinho de mão
De hora em hora um carrinho
Bem na cabeça de jão
Demorou mais de um mês
Jogando terra ali dentro
Pensando em salvar a vida
De qualquer um elemento
Ao cair aquela terra
Jão cocá se desviava
Igualzinho uma escada
Um degrau ele formava
Um degrau era um carrinho
Um carrinho era um degrau
Terra descia e subia
E jão achava legal
E o velinho dizia
Esse poço eu vou encher
Pois não quero que ninguém
No fundo venha a morrer
Um carrinho para baixo
Levava jão para cima
E jão via a mão de Deus
Naquele poço sem mina
Um lutava pra salvar
O outro pra não morrer
Mas porem nenhum sabia
O que ia acontecer
Jão pensava que a terra
Desabava natural
Devido a forte quentura
Do sol de quarenta graus
E o velho ia jogando
Por instinto natural
Pensava que entupindo
Deixava a terra normal
E conseguiu entupir
Aquele grande buraco
Mas demorou tanto tempo
Chegando até nascer mato
E dentro daquele mato
Ele avistou jão cocá
Que comia todas folhas
Que Deus deixava brotar
E jão conseguiu sair
Daquele fundo de poço
Com a ajuda de Deus
Mas também com muito esforço
Isso serve de exemplo
Para você refletir
Se tu tiver La em cima
Pra baixo pode cair
Igual um coco do cacho
Mas se tiver lá em baixo
Se tiver fé vai subir.
porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima.provérbios 3,12