O velho João de Barro
João de barro
Ainda vive do passado
De um tempo de valentia
Que era muito respeitado
Era um homem admirado
Um bravo do sertão
Hoje é um velho cansado
Lembrando que já foi um valentão
Palmeiras dos Índios
Sua terra querida e amada
Cidade de Alagoas
Pedacinho do Brasil, pátria adorada
Ele lembra com saudade
De um tempo que não volta mais
Que já teve felicidade
E tudo isso ficou pra trás
Esse nobre Pernambucano
Já lutou por justiça
Defendeu sua gente
De tanta injustiça
Hoje tudo é moderno
Tudo é tecnologia
Pra ele tudo isso é um inferno
Não existe a velha magia
O rádio de pilha
O lampião e o pandeiro
Era coisa da família
De tocador e sanfoneiro
O bule e a cadeira de couro
A lamparina e a geladeira a gás
A vitrola e a maquina de escrever
Tudo isso é coisa que o pensamento trás
João de Barro
Não gosta da modernidade
Ele é daquele tempo antigo
Do carrancismo de verdade
Ele ainda trás na lembrança
A sua casa de barro
Quando era uma criança
Do pequeno joão de barro.