O PÁSSARO MAIS CARO DO MUNDO
Um homem chegou à feira
Pra comprar um passarinho
Olhar atento aos fatos
Feito um jovem menininho
Nunca tinha ido à feira
Meu Deus que pobre coitado
Onde tudo era novidade
E o tal moço admirado
De repente um tropeço
E o susto, era um caixão
Que já tinha sido usado
E estava na promoção
Na feira do vende tudo
Encontra-se a solução
Se você não acredita
Va lá perguntar pro João
Um grupo de sanfoneiro
Tocava um improviso
Perfeito na competência
Os tais versos eram siso
A ciência não explica
Vem da mente e é conciso
E o homem ali na dele
Sem esboçar um sorriso
Pensando nas belas cores
No bico e na plumagem
E no canto de um belo pássaro
Brindando a paisagem
O bicho lá na gaiola
Eu vejo como maldade
Tristeza que me dá dó
Louvado seja a liberdade
Pra ele não interessa
É duro seu coração
As lágrimas são feito pedra
Se quebram quando vão ao chão
É triste o canto de um bicho
Nas grades de uma prisão
A busca dele continua
O tal moço não tem compaixão
Já estava desanimando
Foi quando ele escutou
Um canto alucinado
Que logo o enfeitiçou
Os bichos aglomerados
A cena em meu peito gritou
E ele apaixonado
Com a voz grave perguntou
E o dono lhe respondeu
Que cada custa hum milhão
O homem muito exaltado
Fez logo objeção
Pensando que eu sou trocha
Olhe bem para mim cidadão
Eu quero comprar é um pássaro
“E não comprar um avião”
Quanto custa o que tá no canto?
Aquele vinte milhão
Você tá de brincadeira
O bicho não canta não
Falta-te sensibilidade
É louco ou pirou sem noção
Diploma tu tem é bastante
Lhe falta é compreensão
O pássaro que você olha
E pensa não ter valor
Trabalha feito condenado
É o celebre criador
O interprete é feito diamante
A mídia até o consagrou
Enquanto morre de fome
O gênio compositor.
Justificando o cordel.
O compositor em sua maioria das vezes fica de pires na mão, brigando pelo que lhe é de direito básico, sem contar a falta de respeito de quem deve e não honra. A obra ao ser executada seja em qualquer veículo, “deve” pelo menos divulgada a autoria.
É um absurdo o tratamento dispensado ou “não dispensado” ao celebre compositor uma vez que sem ele nada seria do interprete. Hoje vemos cada vez mais compositores com menos habilidade e mais necessidade lançando seus trabalhos autorais para não morrerem de fome.
“Vamos dar valor a quem merece”.
“O PÁSSARO MAIS CARO DO MUNDO”
Autor: Floriano Silva
Autor: Floriano Silva
Um homem chegou à feira
Pra comprar um passarinho
Olhar atento aos fatos
Feito um jovem menininho
Nunca tinha ido à feira
Meu Deus que pobre coitado
Onde tudo era novidade
E o tal moço admirado
De repente um tropeço
E o susto, era um caixão
Que já tinha sido usado
E estava na promoção
Na feira do vende tudo
Encontra-se a solução
Se você não acredita
Va lá perguntar pro João
Um grupo de sanfoneiro
Tocava um improviso
Perfeito na competência
Os tais versos eram siso
A ciência não explica
Vem da mente e é conciso
E o homem ali na dele
Sem esboçar um sorriso
Pensando nas belas cores
No bico e na plumagem
E no canto de um belo pássaro
Brindando a paisagem
O bicho lá na gaiola
Eu vejo como maldade
Tristeza que me dá dó
Louvado seja a liberdade
Pra ele não interessa
É duro seu coração
As lágrimas são feito pedra
Se quebram quando vão ao chão
É triste o canto de um bicho
Nas grades de uma prisão
A busca dele continua
O tal moço não tem compaixão
Já estava desanimando
Foi quando ele escutou
Um canto alucinado
Que logo o enfeitiçou
Os bichos aglomerados
A cena em meu peito gritou
E ele apaixonado
Com a voz grave perguntou
E o dono lhe respondeu
Que cada custa hum milhão
O homem muito exaltado
Fez logo objeção
Pensando que eu sou trocha
Olhe bem para mim cidadão
Eu quero comprar é um pássaro
“E não comprar um avião”
Quanto custa o que tá no canto?
Aquele vinte milhão
Você tá de brincadeira
O bicho não canta não
Falta-te sensibilidade
É louco ou pirou sem noção
Diploma tu tem é bastante
Lhe falta é compreensão
O pássaro que você olha
E pensa não ter valor
Trabalha feito condenado
É o celebre criador
O interprete é feito diamante
A mídia até o consagrou
Enquanto morre de fome
O gênio compositor.
Justificando o cordel.
O compositor em sua maioria das vezes fica de pires na mão, brigando pelo que lhe é de direito básico, sem contar a falta de respeito de quem deve e não honra. A obra ao ser executada seja em qualquer veículo, “deve” pelo menos divulgada a autoria.
É um absurdo o tratamento dispensado ou “não dispensado” ao celebre compositor uma vez que sem ele nada seria do interprete. Hoje vemos cada vez mais compositores com menos habilidade e mais necessidade lançando seus trabalhos autorais para não morrerem de fome.
“Vamos dar valor a quem merece”.