Suvaqueira

Eita catinga danada

Que vem lá debaixo dos braços

Gruda os cabelos na pele

Melando todo o suvaco.

Deixa um rastro de fedor

Seja no pobre ou no Doutor

É uma agonia e uma roedeira

Eita troço complicado

A temível suvaqueira.

Tem gente que toma banho

Esfrega tudo inté sangrá

Mas suvaqueira é bicho forte

Insiste sempre em ficá.

Tem muié depiladinha, bem lisinha

Arrumada e bonitinha

Mas quando levanta o braço

Fede mais que um Gambá.

Pois a catinga é tanta

Que num dá pra disfarçá

E os braço vão arriando

Prumode nunca mais se levantá.

E tem os Homi cabeludo

Dá inté prá fazé trança

Emenda os cabelos do suvaco com os cabelos da pança

E mesmo com os braço arriado a catinga é uma festança.

Suvaqueira é traiçoeira disso tenho certeza

Pois já acabou com muita festa

Pompa, reinado e realeza.

E o suvaco lá bem podre, vixe Maria que tristeza.

Pinico, bojo e latrina.

Sabão, sapólio e creolina

Lave bem o seu suvaco

Shampoo, condicionador e queratina

Pois num tem coisa pior que um suvaco com catinga.

Ivson dos Anjos
Enviado por Ivson dos Anjos em 08/10/2012
Reeditado em 10/10/2012
Código do texto: T3922580
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