Suvaqueira
Eita catinga danada
Que vem lá debaixo dos braços
Gruda os cabelos na pele
Melando todo o suvaco.
Deixa um rastro de fedor
Seja no pobre ou no Doutor
É uma agonia e uma roedeira
Eita troço complicado
A temível suvaqueira.
Tem gente que toma banho
Esfrega tudo inté sangrá
Mas suvaqueira é bicho forte
Insiste sempre em ficá.
Tem muié depiladinha, bem lisinha
Arrumada e bonitinha
Mas quando levanta o braço
Fede mais que um Gambá.
Pois a catinga é tanta
Que num dá pra disfarçá
E os braço vão arriando
Prumode nunca mais se levantá.
E tem os Homi cabeludo
Dá inté prá fazé trança
Emenda os cabelos do suvaco com os cabelos da pança
E mesmo com os braço arriado a catinga é uma festança.
Suvaqueira é traiçoeira disso tenho certeza
Pois já acabou com muita festa
Pompa, reinado e realeza.
E o suvaco lá bem podre, vixe Maria que tristeza.
Pinico, bojo e latrina.
Sabão, sapólio e creolina
Lave bem o seu suvaco
Shampoo, condicionador e queratina
Pois num tem coisa pior que um suvaco com catinga.