O RETRATO DA POLÍTICA BRASILEIRA 12.
Já chegamos a outubro,
O mês da nova eleição,
Um intenso movimento,
Que envolve a população,
Onde muitos candidatos,
Serão eleitos de fato,
Por toda a nossa nação.
Serão mais de cinco mil,
Se elegendo pra prefeito,
Por todo o nosso Brasil,
Quer seja errado ou direito,
Que vão está quatro anos,
As cidades comandando,
Até chegar o outro pleito.
O que mais me deixa triste,
É a gastação de dinheiro,
Tirado dos cofres públicos,
Montantes em exagero,
Pra investir nas campanhas,
Um bando de sem vergonha,
Tira do pobre o tempero.
Já é comum nesse país,
Acontecer às manobras,
Arrocham-se os salários,
E escondem-se as sobras,
Tiram dos funcionários,
Agem como mercenários,
Traiçoeiros que nem cobra.
Ninguém gosta de política,
Todos dizem ao perguntar,
Mas, porém se por acaso,
Candidatando-se ganhar,
Vai aprender as mutretas,
Depois de mamar nas tetas,
Gosta e não quer mais largar.
É por isso que inventaram,
O que chamo uma aberração,
Quatro anos de mandato,
Quer esteja ruim ou bom,
Dois anos algum trabalha,
Outros dois engorda a mala,
Pra conseguir a reeleição.
Já ta mais do que provado,
Que isso assim não funciona,
Pois no primeiro o candidato,
Faz média pra arrumar fama,
Aprende todos os macetes,
Dar festas e até banquetes,
Que o eleitor nem reclama.
Já no segundo mandato,
Tudo muda de aparência,
De quem apertava a mão,
Agora cobra indulgencias,
E a quem nele confiou,
Mas que esquecido ficou,
Fartam-se da insuficiência.
Dia sete está chegando,
Cabe a você cidadão,
Mostrar sua competência,
E expurgar todo o ladrão,
Que corre desesperado,
Não deixar se enganado,
Com mais essa eleição.
Todos nós já conhecemos,
A tática alguns candidatos,
Que antes de ser eleitos,
São verdadeiros e sensatos,
Mas basta ser empossado,
Pro cara mudar de lado,
Comer e emborcar o prato.
Cuidado com os promessistas,
Que vão bater a sua porta,
Dizendo-se ser honestos,
Que com o povo se importa,
Observe bem o seu perfil,
Pois aqui nesse chão Brasil,
O eleitor é a mosca morta.
Tem o poder de eleger,
Porem não pode caçar,
Se não souber escolher,
Quatro anos vai dançar,
Eles vão rir de sua cara,
E chamar de pau-de-arara,
Mas não pra você escutar.
Quase cem mil vereadores,
Vão ser eleitos meu irmão,
E ficar por quatro anos,
Engrossando o seu quinhão,
E você com seu trabalho,
É uma carta fora do baralho,
Sem seus direitos a cidadão.
Nesse sistema político,
Com tanta esculhambação,
Só conhece o trabalhador,
Com o seu título na mão,
Pressionado por quadrilhas,
Tem que se afundar em fila,
Pra mostrar que é cidadão.
Nessa hora todo mundo,
Reconhece o seu valor,
Ficar ás vezes com fome,
Quer esteja frio ou calor,
Só pra votar nos sujeitos.
Que depois de ser eleitos,
Faz graça de quem votou.
Posso dizer ainda mais,
A política é uma desgraça,
Idealizada por Satanás,
E pra paz é uma ameaça,
Homens podem ser irmãos,
Mas pra ocupar tal função,
Até o certo faz trapaças.
Sabe-se que esse mundo,
Já ta entregue as baratas,
E com essa tal de política,
Muito mais a coisa empaca,
Cheia de tantas emendas,
Só pra aumentar sua renda,
Qualquer um se candidata.
Pra você ter uma idéia,
Como a coisa funciona,
É só prestar atenção,
Nos candidatos bananas,
Entra o pobre inocente,
Pega o voto dos parentes,
Só pra eleger os bacanas.
Se você não acredita,
Faça um teste só pra ver,
Comece então pesquisar,
Quem comanda o bajerê,
Vejam os pobres iludidos,
Pelos grandes convencidos,
A competir só pra perder.
Pois é assim que acontece,
Com essa elite dominante,
Fazem a cabeça dos bobos,
O que acho um agravante,
Quanto maior for à família,
Mais bem feita é a armadilha,
Pra apanhar os vacilantes.
Não pode haver coisa boa,
A onde impera a mentira,
Pois conchavo e falcatrua,
É a forte moeda que gira,
Por isso o melhor a fazer,
É nessa coisa não se meter,
Creio assim e ninguém tira.
Esqueçam toda promessa,
Pregadas por essas pestes,
Pois viver sendo iludidos,
Creio que ninguém merece,
Clareiem vossa consciência,
Quando a cabeça não pensa,
É o corpo inteiro que padece.
Cosme B Araujo.
04/10/2012.