* O vagalume *
O vagalume é um bichinho pequeno
Com uma beleza diferenciada.
Consegue brilhar á noite
Conduz uma parte do corpo iluminada.
Geralmente na cor verde fluorescente
Com uma luzinha reluzente
Que nos deixa encantada.
Uma luz ínfima, na verdade.
Mais forte o suficiente.
Para fazer brilhar a escuridão
E atrair a atenção da gente.
Com sua luz natural
Na região abdominal
Brilhando nos espaços eminentes.
Também conhecido como pirilampo.
Esperança fugidia ao anoitecer.
Nas cidadezinhas do interior
Faz gosto à gente ver.
Se piscarmos o olho um tiquinho
O acende e apaga do bichinho
Faz o encanto acontecer.
Não tem poder de iluminar
Os dias, as praças da cidade,
As celebridades da televisão.
Mas por sua unicidade
Possuem uma ímpar relevância
E um ar de elegância
Em sua simplicidade.
Sinto-me um pouco vagalume
Sem sua grandeza de luz.
Mas portadora de esperança
Por que o amor me conduz.
Ora surjo, ora cresço,
Ora sumo, ora apareço,
Ora venho em zig zag zus.
Há horas que ninguém me ver.
Mas não deixo de voar.
Exigindo atenção múltipla
Para quem quiser me encontrar.
Prefiro ser assim, essa luz fugidia.
E transmitir boa energia
Para aquele que precisar.
Todas as lâmpadas industrializadas
Vem com a potência registrada.
E o controle liga e desliga.
Prontas para serem usadas.
A minha luz ninguém controla
Não se vence, nem se isola.
Tampouco é fabricada.
Eu acendo, eu apago.
Decido a hora de clarear,
Escurecer ou fugir em zig zag,
Sem rastro nenhum deixar.
E essa liberdade de ir e vir,
Acender e apagar, desistir e insistir,
Eu gosto de imitar.