Eleição, que envergonha!
O dia amanhecendo, lá vamos nós!
Titulo na mão, RG também, um grito prendendo a voz.
Vamos sem esperança, apenas para cumprir um direito obtido
Vamos lá para urnas, suar feito um por porco e ver voto ser vendido
Para eleger governante e legisladores
Pro pobre continuar sentindo os mesmos desamores.
O dia chegou; do povo perder valor
Não verá mais, nenhum dos que lhe prometeram favor
Visita porta a porta, sorriso enganador.
Passa o tempo da politica e povo é que se ferrou.
Senta agora cada um em seu trono fazendo pouco da gente.
Rindo e se enchendo as custas de um povo inocente.
Cria-se projetos como a lei da ficha limpa,
Vem nas ruas com a cara” lisa” pedir as assinaturas
E o povo com um desejo de vê a mudança, embarca nessa aventura.
Assina o papel, acredita que tem poder,
Mas a lei só serve, para quem recurso não tem
Pois aqui nesse Brasil o malvado é que se dá bem.
O pleito está chegando
E com ele está levando
Nossa esperança
Pois nessa bagunça, é sempre o povo quem dança.
Mesmo assim vamos as urnas, votar nesse povo aí .
Pois é direito forçado... Eles tentam nos iludir
Não podemos ficar em casa
Na democracia do Brasil; as coisas são obrigadas.
Votando ou não votando seremos prejudicados
O povo então vai as urnas com cara de enjoados.
Seguimos nesse repente, sem corda de violão.
O cordel bem escrito no verso e no refrão
O poeta indignado sentindo inspiração
Fala em poesia, com dor coração.
E terminando lamenta por tanta impunidade que há em nossa nação.