CADÊ O MEU DINHEIRO?

Estes versos eu escrevi

De pé, na fila do banco

Após sofrer grande espanto

Ao conferir o meu saldo...

Depois que foi implantado

Esse tal caixa eletrônico,

Pode parecer irônico

Mas estou sendo roubado

Ainda ontem aqui estive

A conferir o meu saldo

E conforme a fita do caixa,

Havia cento e cinqüenta e quatro...

Hoje, pra minha surpresa,

Desconfio da esperteza

Desta máquina programada

No resultado do extrato

O que me deixa injuriado

É esse caixa safado

Só errar em favor do banco,

Nunca em favor do cliente...

Esta máquina que impera

É legado da nova era

Quer levar vantagem em tudo

E sem querer ser injusto,

Até na poupança da gente!

Te “desconjuro mofético!”

Salafrário usurpador

Tu pra mim, não tem valor

És um mal vindo do além,

Que neste mundo baixou...

Vou te mostrar minha ira

Vais conhecer quem eu sou

Vou te encher de porrada

Até constar em teu caixa,

Os meus cem que tu afanou!

Pelo que fizestes comigo

Vou te lançar um castigo

Uma mandinga, uma praga,

Sua máquina desalmada

Vai ser este o meu feitiço:

Que a ferrugem corroa

Todos os teus componentes

Que um circuito inclemente

Queime geral o teu micro

E quando ficares manco,

Deus permita que os bancos,

Jogue todos vocês no lixo

Poeta J. Pinheiro

Do seu Livro "Meus versos, minha vida"

Poeta J Pinheiro
Enviado por Poeta J Pinheiro em 20/09/2012
Código do texto: T3891464
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