OMISTERIO DO DRAGÃO
Quero pedir agora
Um pouco de respeito
Aos meus versos simples
Mas cheios de conceitos
Que prestem atenção
Pra não achar mal feito
Vou contar a vocês
Um conto imaginado
Sobre um jovem aventureiro
Em um reino encantado
Cheio de mistério
E um tanto assombrado
Essa historia se passa
Há muito tempo atrás
O ano eu não sei
Tão pouco a idade do rapaz
Pois não consigo imaginar
O quanto de tempo que faz
Este jovem vivia
Em busca de aventura
Viajando pelo mundo
Conhecendo novas culturas
Era ele bom rapaz
E cheio de formosura
Em uma de suas viagens
Por um povoado passou
Parou em uma bodega
Com o homem falou
_quero uma cachaça
Meu nobre senhor
Mas antes de beber
Ele mostrou-se gentil
Ofereceu a todos a bebida
Nem um gemido ele ouviu
Bebeu sua cachaça
Pagou o homem e saiu
Na saída da bodega
Um homem o encarou
Ele não entendeu
E nada a ele falou
Olhando olho no olho
Pelo homem ele passou
Mas esse homem era
Afamado na região
Tava pronto para a briga
Não importava a questão
Foi onde de repente
Começou a confusão
O homem não gostou
Do jeito do aventureiro
Ele também observou
Que se tratava de um estrangeiro
Pois homem nenhum o enfrentou ali
Aquele era o primeiro
E os dois começaram
Uma briga então
O cabra era retado
Com o pé e a mão
Mas o aventureiro sabia
Resolver a questão
O cabra lançou um golpe
Que mostrou precisão
Jogando o aventureiro
Longe, caído no chão
Logo o cabra correu
Pra colocá-lo no caixão
Mas o aventureiro percebeu
Como vinha encarreirado
O cabra valente queria
Acabar com seu legado
Quando ele chegou perto
Ele deu cabo deitado
Numa forma impressionante
Ele teve a reação
Derrubando o sujeito
Utilizando a mão
Dando-lhe uma rasteira
Com extrema precisão
Quando o cabra caiu
Levantou o aventureiro
Olhando pra ele disse:
_levante-se primeiro
Pra levar uma boa surra
Do desconhecido estrangeiro
Pois não vou bater
Em um homem no chão
Pois sou bom também
Com o pé e a mão
Então fique de pé
Pra resolvermos a questão
Levantou-se o cabra
Mostrando-se preocupado
Com a valentia do homem
Que estava a seu aguardo
Ficando frente a frente
Pra dar cabo do danado
_Foi uma luta boa
Logo disse o aventureiro
Pois com apenas um golpe
Venceu o estradeiro
Deixando impossibilitado
A reação do desordeiro
Ficou feio de ver
A cara do cidadão
Após o soco que levou
Naquela região
De um desconhecido aventureiro
Que acabou com sua fama de valentão
Logo ele implorou ao aventureiro
Pra terminar o começado
Pois não conseguiria viver
Mas no povoado
Depois de sua derrota
Pra ele havia terminado
O aventureiro olhou o cabra
E falou sem pensar
_você é bom homem
Eu pude observar
Você não merece a morte
Recomece em outro lugar
_mas eu não posso
Pois tenho meu orgulho
Então vou lhe acompanhar
Não importa o barulho
Onde você for
Eu desarmo seu embrulho
_mas porque você quer
Seguir minha jornada?
Pois sou aventureiro
Não costumo ter parada
Não venha atrás de mim
Não balance minha jangada
_você poupou minha vida
Vou ser grato ate o fim
Mesmo que não queira
Eu vou com você sim
Pois aqui na região
Divida se paga assim
O aventureiro viu
Que El estava decidido
E resolveu levá-lo
Pois logo estava desistindo
E ele não conseguiria
Alcançar nenhum destino
E os dois seguiram
Sem saber pra onde ia
Passando por florestas
Perdendo noite e dia
E o aventureiro calado
Enchendo o cabra de agonia
O aventureiro resolveu
Parar pra descansar
Armaram ali acampamento
E começaram a conversar
Pois já se passavam semanas
E nem seus nomes sabiam falar
_já que vai me acompanhar
Quero saber agora
Qual o seu nome
Diga sem demora
Pra continuarmos amanhã
Nessa mesma hora
_também não sei o seu
Mas o meu eu vou dizer
Sou chamado de João
Consegue compreender
Esse nome é fácil
Pra você entender
_vamos parar agora
E tentar sermos amigos
Pois gostei de você
E verdade o que digo
Vou Ser gentil agora
O meu nome é Francisco
Após conversarem
Resolveram descansar
Para seguirem viagem
E algum lugar alcançar
Pois há tempo não comiam
Queriam algo pra almoçar
No outro dia logo cedo
Continuaram a viagem
Andaram toda manhã
E conseguiram hospedagem
Onde comeram e beberam
Continuado com coragem
Quando a noite caiu
Entraram em um reinado
Era um reino simples
Mas um quanto perturbado
Pois havia um dragão
Que deixava o povo assombrado
O rei daquele lugar
Tinha medo do dragão
Por isso não governava
Bem sua nação
Explorava seu povo
Com impostos de montão
O rei explorava
Com impostos sua nação
Não havia alternativa
Falava um feiticeiro então
Que trabalhava para o rei
Recolhendo a doação
E uma espécie de sacrifício
E de oferta era cobrada
Pois o feiticeiro falou
Que era a única escapada
Pois o dragão era
Uma praga que foi mandada
O feiticeiro falou com o rei
Pra construir um lugar
Onde o povo pudesse
Suas ofertas depositar
Pois só dessa maneira
O dragão não iria atacar
O rei ordenou
E o feiticeiro construiu
Um local onde
O povo se deprimiu
Pois era um local triste e sombrio
Sem a ordem do rei
O feiticeiro elaborou
Leis e regras
Para o povo sofredor
Com ate mesmo sacrifício
Pra quem não for respeitador
Passaram algum tempo
Para o templo construírem
Foi quando o dragão
Começou a surgir
Com maior freqüência
Para o povo assistir
E o povo era obrigado
Ao dragão oferta
Ouro, prata e comida
Tudo que conseguia arrumar
Com medo da fera
A qualquer momento atacar
Mas vamos deixar agora
O povo com seu dragão
Para falar dos aventureiros
Que chegaram à região
A fim de conhecer o povoado então
Eles ficaram sabendo
Que o povoado passava
Por problemas sérios
E nada eles encontrava
Foi quando Francisco falou
Com uma senhora que ali morava
Há senhora muito triste
Quase não deu atenção
Tudo que ela falou foi:
_a culpa é do dragão
Francisco não entendeu
Ela logo saiu então
Mas Francisco e João
A senhora acompanhou
Quando chegaram à esquina
No alto ela apontou
O templo onde o povo
A desgraça encontrou
Foi quando chegou
Uma jovem desesperada
Agarrando a senhora
Mostrando-se preocupada
Com a noticia que recebeu
Ali na sua pousada
_vamos sair logo
Que o rei informou
Que o dragão vai atacar
Foi o feiticeiro que falou
É melhor nos esconder
O mesmo vale pro senhor
Saiu à jovem
Levando a senhora
Mas Francisco resolveu
Conhecer o dragão agora
Foi ate o templo
Naquela mesma hora
Quando a jovem olhou
Já ia Francisco e João
Na direção do templo
Pra conhecer o dragão
Que surgiu no alto
Rugindo feito cão
E o feiticeiro
Que sempre recolhia
Todas as ofertas
Durante todo o dia
Ficava sempre perto
Do dragão que o conhecia
Foi quando Francisco
Voltou pra pegar João
E o feiticeiro pode ver
La do templo do dragão
Que eles estavam indo
Em sua direção
Então Francisco olhou
E o dragão desapareceu
Eles não souberam explicar
Como aquilo aconteceu
Nem como aquela grande fera
Sumiu perante os olhos seus
No outro dia logo cedo
O rei mandou informar
Que estava proibido
Ir aquele lugar
E quem desobedece-se
Sacrifício iria virar
Mas os aventureiros
Não levou muito a serio
Pois eles queriam
Desvendar o mistério
E foi ate o templo
Ver aquele vitupério
Chegando ao local
Algo estranho aconteceu
Pois no templo havia
Algo que ele não compreendeu
Tinha uma fenda ou alçapão
Por onde o feiticeiro desceu
Quando foram abrir o alçapão
A guarda do rei chegou
Cercando Francisco e João
Sem da chance os pegou
Levando ao rei
Que na prisão os colocou
Após dois dias
Apareceu o feiticeiro
E olhando João e Francisco
Falou aos aventureiros:
_aqui é o fim
Malditos estrangeiros
Saiu o feiticeiro
Pensando ter vencido
Mas acontece que alguém
Estava ali escondido
Era a bela jovem
Que eles haviam conhecido
Ela abriu a cela
E logo foram descobertos
Vieram os guardas
Mostrando-se espertos
Levaram logo uma surra
Quando chegaram perto
A bela jovem ensinou
O caminho da saída
Levando os aventureiros
A mas uma ida
De aventura no reino
Pra pagar aquela divida
No caminho Francisco falava
Sobre o maldito dragão
E os três correndo
Na mesma direção
Quando foram saindo
Chegou o feiticeiro então
O feiticeiro veio
Acompanhado do batalhão
Que tinha uns trinta homens
Todos armados então
Com suas espadas afiadas
Pra resolverem a questão
Os aventureiros se viram
Sem ter pra onde escapar
Viu que o único jeito
Agora era lutar
E partiram pra cima
Pra luta começar
Os soldados do feiticeiro
Tinha grande vantagem
Mas eles estavam longe
De ter qualidade
Na arte da luta
Pareciam ter pouca idade
O feiticeiro percebendo
Que a batalha perdia
Pegou a bela jovem
Na maior covardia
Colocando em seu cavalo
Fugindo ele dizia:
_vamos homens
Vamos todos embora
Já temos nosso presente
Vamos todos agora
Pra agradar o dragão
Não vamos perder a hora
Saiu o feiticeiro
Cavalgando em direção
Ao morro onde se encontrava
O templo do dragão
Para fazer o ritual
Da donzela em questão
O feiticeiro amarrou
A donzela no alto
E chamou o dragão
Pra fazer o holocausto
Mas João e Francisco chegaram
No momento do ato
Encontrava-se no templo
A donzela e o feiticeiro
Pois todos tinham medo
Do dragão carniceiro
Que não tinha piedade
De nenhum tipo de guerreiro
O feiticeiro quando viu
Francisco e João
Saiu em disparada
Descendo no alçapão
Que se abriu na rocha
Sumindo logo então
Francisco e João
A donzela salvou
Mas Francisco queria
E atrás do mal feitor
Pra dar fim
No maldito impostor
Resolveram então
Ir atrás do feiticeiro
Quando desceram o alçapão
Perceberam o picadeiro
Logo encontraram uma sala
Onde tava o feiticeiro
E um grande desenho
Eles viram desenrolar
E eles vendo tudo
Puderam então confirmar
Que o dragão era
Uma forma de enganar
Enganar as pessoas
Para poder extorquir
Toda riqueza do vilarejo
Tudo que ele conseguir
Ouro, prata e comida
Sem ninguém descobrir
Ficaram escondidos
Em quanto o feiticeiro
Manuseava uma alavanca
Tentando mudar o roteiro
Que ele havia começado
Antes da chegada do aventureiro
O desenho do dragão
Era bem elaborado
Causava um efeito
Como desenho animado
Dando movimento ao bicho
Que estava ali desenhado
Partiu o aventureiro
Com seu amigo João
Em direção ao feiticeiro
Pra dar cabo do ladrão
Que mentia para o povo
Enganando sua nação
Quando foram aproximando
O feiticeiro acionou
Uma esperta armadilha
Um susto João levou
Quando Francisco deu conta
O feiticeiro o capturou
João muito ágil
Conseguiu escapar
E olhando pra Francisco
Resolveu o feiticeiro atacar
Dando logo cabo
E o feiticeiro conseguiu amarrar
Mas a batalha ainda
Não havia terminado
Pois Francisco estava
Muito encrencado
E o feiticeiro riu
Achando engraçado
E João tentava
Francisco libertar
Mas não achava como
O amigo ajudar
E ele pedia ao feiticeiro
Uma forma de parar
E o feiticeiro rindo
E nada ele falava
E João desesperado
Pois nada ele achava
Para ajudar o amigo
Que na encrenca se encontrava
Foi então que o feiticeiro
Resolveu falar:
_solte-me
Que eu vou ajudar
Só quero levar o lucro
Que vim a conquistar
João sem ter alternativa
Para o amigo ajudar
Aceitou a troca
Sem se quer sujeitar
Libertando o feiticeiro
Que a gaiola fez parar
Só que ele não contava
Com a ação da donzela
Que o acertou por trás
Sem nenhuma chancela
Impressionando o João
A coragem dela
Com o dispositivo desligado
E Francisco a salvo
O feiticeiro foi levado
Tornando-se o alvo
Da população do vilarejo
Que agora estava a salvo
O rei ficou sabendo
Através de um soldado
Que o feiticeiro era
Um tremendo descarado
Que enganava o povo
De todo seu reinado
O rei descobriu
Que não existia dragão
A qual ele tinha medo
De governa sua nação
Mandou reunir o povo
Para pedir perdão
Logo uma grande multidão
No castelo se formou
E o rei otimista
Para o povo discursou
Prometendo melhoras
A o povo que tanto chorou
O rei chamou Francisco e João
Que o feiticeiro segurava
E agradeceu a eles
E perguntou se algo desejava
Não importava o pedido
O rei realizava
Francisco muito sério
Não gostava do errado
Pediu então ao rei
Que fosse o feiticeiro castigado
Pela não do povo
Que foi tão maltratado
E o rei ordenou
_entregue o feiticeiro
Para que o povo faça
O castigo derradeiro
E ele pague com a vida
Pelo ato bandoleiro
E assim foi feito
E o feiticeiro pagou
Por tudo de errado
Que o desgraçado aprontou
E a riqueza conquistada
O rei ao povo entregou
E a bela jovem
Que atende por Maria
Simpatizou-se por João
Teve também grande alegria
E hoje vivem juntos
Na maior harmonia
E o nosso aventureiro
Que não costuma ter parada
Agradeceu ao amigo
Continuou sua jornada
Sem seu amigo João
Que encontrou nova parada
Labuto com cordel
Utilizando a paixão
Com meus versos simples
E cheio de razão
Não busco fama nem sucesso
Apenas sua compreensão