* Voo sublime *
A águia empurra gentilmente seus filhotes
Para a beirada do ninho.
Seu coração maternal se acelera
Cheia de emoções e carinho.
Entre as emoções conflitantes
Ao mesmo tempo importantes
Para aprenderem viver sozinhos.
Sente a resistência dos filhos
Aos seus persistentes cutucões.
Para a emoção de voar
Existem outras decisões.
Começa com o medo de cair
Se por acaso não conseguir
Como acontece a gerações.
Seu ninho sempre fica localizado
No alto de um pico rochoso.
Com fendas protetoras de um lado
Do outro um abismo tenebroso.
Apesar do medo que o filhote sentia
A águia mãe com firmeza sabia.
Que era um momento valioso.
Sua missão maternal
Estava prestes a se completar.
Restava ainda uma tarefa final
A coragem para empurrar.
Mas sua sabedoria interior
Mandava-a fazer isso por amor
Precisavam aprender a voar.
Enquanto não descobrissem suas asas
Não saberiam o propósito de sua vida.
Não compreenderiam o privilégio de serem águias
Sua mãe já estava decidida.
Seu empurrão era o maior presente
Que ela lhes oferecia contente.
Seu amor era imenso e sem medida.
Precisava urgentemente empurrá-los
Era seu supremo ato de amor.
Então um a um decidida
Imediatamente os precipitou.
Fizeram o seu voo primeiro
Não caíram no despenhadeiro
A vida de águia apenas se iniciou.