Sem lenço, nem documento...    (EC)
 
Era um garoto pobre, carente
O Zé da periferia, da lixeira
Sem identidade, quase gente
Para provar a nacionalidade
Criado sem eira nem beira
Infortúnio na adversidade.
 
Assim cresceu triste menino
Porém sem entregar os pontos
Raça persistente o Severino
Impetuoso e valente infante
Cada estória um novo conto.
Pra frente, sempre avante...
 
Fugiu do roçado, rude sertão
Tomou rumo à grande cidade
Busca voraz de superação
À procurar novos destinos
Diversos rumos na sociedade
Novas peripécias do menino.

 
Sem lenço nem documento

... fome, menosprezo e solidão
Porém reservado o momento
A sina destinou para Severino
doces momentos de emoção
Vencedor e magnífico destino!
 

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Sem Lenço Nem Documento
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