UM CORDEL PRA CANTAR.

Sou garboso, sou valente,

Enfrento qualquer parada,

É fácio me ver contente,

E não de cara fechada,

Nunca gostei de intriga,

Mas se entrar numa briga,

Não sai sem levar nada.

No verso sou trovador,

Prezo sempre a liberdade,

Das letras sinto o sabor,

De versos com qualidade,

Só remo ao favor do vento,

Não gosto de perder tempo,

Sou dos versos majestade.

Tenho voz de Rouxinol,

Com cifras e melodia,

Inspiro-me no arrebol,

Pra fazer feliz meus dias,

Sou amante da natureza,

E asfixiado nas belezas,

De seu encanto e magia.

Caminhei com oito meses,

Não fui criança mimada,

De gêmeos não sianeses,

Tive a infância cortada,

Mas a vida me ensinou,

Que ser homem tem valor,

Por toda minha jornada.

Com cinco anos de idade,

Já tinha meu jornadear,

Mesmo sem maturidade,

Nunca pude descansar,

Não tenho tudo que quis,

Mas mesmo assim sou feliz,

Sem ter de que me queixar.

Cantando a vida em versos,

Sigo a minha trajetória,

Assim em meu universo,

Construo parte da história,

Sou defensor da verdade,

Contra qualquer falsidade,

E nunca esperei ter gloria.

Cosme B Araujo.

14/92012