100 titulo.
Deus fez tudo perfeitinho
Gente magra gente obesa
Cada um do seu jeitinho
E com a sua beleza
Fez o negro e fez o branco
Cada um com seu encanto
pra viver da natureza
Na natureza não tem
A tal da corrupção
Não existe falsidade
Ninguém ve nenhum ladrão
Não existe morte em serié
Mas quando o homem interfere
Muda a situação
Veja o índio na floresta
Que não é civilizado
Homem mulher e meninos
Andando todos pelados
Para nós é diferente
Mas lá entre sua gente
Todo mundo é respeitado
Porem quando o homem branco
Com a sua safadeza
Que seja da medicina
Ou rotulista de igreja
Com seu instinto profano
Leva seu jeito tirano
Muda toda natureza
Doenças que lá não tinham
Logo começam surgir
Os remédios naturais
Desaparecem dalí
Os nativos sem defesa
Começam beber cerveja
Fumar cigarro e tossi
Os feitos da natureza
Nenhum cientista faz
Da terra tira o açúcar
Aguas e sais minerais
Poe dentro da melancia
Duvido que o homem um dia
Deste dom seja capaz
Eu desafio qualquer homem
Seja cientista ou louco
Que sem fazer nenhum furo
Injete agua num coco
E mantenha seu sabor
Sua polpa sua cor
Grude na arvore no topo
Ou então que tu me faças
De modo artificial
Uma maçã uma manga
Igualzinha a natural
Que o ser humano coma
Com o sabor e aroma
Da frutinha natural
Na natureza não tem
Uma planta que faz mal
Nenhum inseto maldoso
Nem tão pouco um animal
Porém sendo ameaçado
Pelo homem encurralado
Deus muda seu natural
Na roça pode faltar
Hospital e faculdade
Faltar todo requisito
Que existe na cidade
Porem a mãe natureza
Faz do roceiro a defesa
Cura até enfermidade
A nódoa de bananeira
Estanca hemorragia
O pó de folha de fogo
Cicatriza em poucos dias
E num grande machucado
Mastruz com sal amassado
Sara da noite pro dia
Na natureza tu achas
Remédio dentro da mata
Pra espantar pernilongo
Tu queimas bosta de vaca
Eu aprendi de menino
Que pra soltar intestino
É bom purga de batata
Óleo de baga de coco
Alisa muito o cabelo
A favaca e o cominho
É usado no tempero
E a goma de mandioca
Usa-se pra tapioca
Brasa serve de isqueiro
O roceiro faz cigarro
Cá própria folha do fumo
Da terra tira minhoca
Sua morada e insumo
Se roça virar cidade
Roceiro sem liberdade
Tomará logo outro rumo
Bom para dor de barriga
Noz-moscada e imburana
Coro de boi ressecado
Serve bonzinho pra cama
Comida caça no mato
Pra catinga de sovaco
Na roça nos usa lama
Faço corda com imbira
Bebo agua em calumbí
Pesco com um munzuá
Ou na tapage um jiquí
A natureza me ensina
Lidar com a medicina
Do iapoque ao xuí
Para que tu não duvides
Da grande força divina
A natureza da agua
Dia e noite numa mina
Inodora e incolor
Sem cheiro gosto nem cor
Sem nada que contamina
Eu desafio qualquer homem
Que me faça uma pimenta
Daquelas levanta saia
Virada na seicentas
Malagueta ou comarim
Que quem comer fica assim
Saindo fogo da venta
Ou então um morotó
Dentro da baga de coco
Um bambu com divisórias
Sem agua dentro do oco
Se fizer eu vou pensar
Que comecei endoidar
Ou entao que fiquei louco
Defendo o meio ambiente
Tambem a mae natureza
Que ajuda o ser humano
Fazendo sua defesa
De lá não sai nada errado
Pois foi Deus o pai amado
Qe fez tudo co certeza.
“Dentro da minha casa não morará quem fizer tramóia.
Quanto a qualquer falando falsidades,não ficará firmemente estabelecido”.salmos 101vs7.