O DEVER DE QUEM FAZ VERSOS
Meu cérebro é feito de versos
E apesar dos retrocessos
Que o destino faz comigo
Não me irrito, não lamento
Pra mim, viver um tormento
É faltar-me inspirações...
Para escrever uma poesia
Os fatos do dia a dia
Já me dão matéria prima
Tanto os temas quanto as rimas
Me surgem aos borbotões
Não sou nenhum repentista
Mas, é seleta a lista
Dos que rimam como eu
Esse dom que Deus me deu
Tô sabendo aproveitar...
Pra poder, denunciar
Genocidas e facínoras
Boto tudo em minhas rimas
Quando vou satirizar
Eu Já fiz versos em filas
De Bancos e hospitais
Em congressos e simpósios
Nos eventos sociais
O que tá errado, eu falo!
E do meu jeito literário
Eu não abro mão, jamais
O que me adiantaria
Fazer versos e poesias
Sem nenhuma serventia
Pro meu povo ou pro futuro...
Seria dar pérolas aos porcos
Alienadamente falando,
Um babaca se cagando
Sempre em cima do muro
Eu jamais fui um otário
E do meu vocabulário
Eu risquei a ”covardia”,
Em minha vida eu diria,
Não sofri decepção...
Afinal sou cidadão
Politicamente correto
Sou um polêmico confesso,
Porém, jamais um cagão!
Poeta J. Pinheiro
Do seu Livro “Meus versos, minha vida”