CORDEL – Mote – A saudade de Cuité – Mora no meu coração – Parte 03
 

CORDEL – Mote – A saudade de Cuité – Mora no meu coração
Parte 03 – 13.04.2012
 

Cumprindo o que fora prometido ao final da história do Nobre, aqui contada para os meus leitores, publico hoje – 07.09.2012 --, a terceira parte do cordel feito em decorrência da viagem àquela cidade paraibana, que muito contribuiu para o sucesso da carreira deste humilde escritor no Banco do Brasil. Ficam faltando mais duas partes, que serão publicadas nos próximos dias.
 

Nesta viagem de agora
Coisas estranhas notei
Pois diferente d’outrora
Saiba que não acreditei
De lavoura não vi pé
Tal como devastação
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Não vi milho nem feijão
Durante toda a viagem
Nem mesmo vi o algodão
Nem uma rala pastagem
Como tribo sem pajé
Aquilo me deu opressão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Pode ser falta de chuva
O paraibano é forte
Chovendo planta até uva
Seja no sul ou no norte
Mas hoje no cafuné
Com a bolsa da “eleição”
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Nem o sisal pude ver
Que esteve em grande apogeu
Extinguiram pode crer
E tudo virou um breu
O campo virou cabaré
Queria sua ascensão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Na serra nos receberam
A prole de seu Martinho
As meninas forneceram
Muita atenção e carinho
A Ilca grande mulher
Dedicou-nos atenção
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Eu vi um belo fusquinha
Sessenta e três o seu ano
Que o Martinho mantinha
Se é que não me engano
Trataram-me em tripé
Aquilo que era união
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
A Miriam uma beleza
Sabe muito conquistar
Digo com toda certeza
Ninguém pode duvidar
Adora tomar café
Em qualquer ocasião
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Porém uma obra bem linda
Mereceu minha atenção
Ela que muito bem-vinda
Que provoca admiração
Uma riqueza que é
Pra educar o cidadão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Falo da Universidade
Que o governo construiu
Já merecia a cidade
Crescer tal qual o Brasil
Pois ser pobre ninguém quer
Vamos deixar de aflição
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Não pensei que encontraria
Tanta gente conhecida
Enganado não sabia
Isso são coisas da vida
Por Jesus de Nazaré
Eu, como qualquer cristão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Não queria citar nomes
Tenho medo da injustiça
Mas tem gente de renome
Não digo que seja preguiça
Lembrei-me do bom Mané
Jogador de seleção
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Não pude ver o Braulino
Cabra macho sim senhor
Nem o grande João de Deus
Um grande batalhador
Sem medo de bereré
Morreu numa lentidão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Ansilgus/Pirilampo/Nobre

 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 07/09/2012
Reeditado em 07/09/2012
Código do texto: T3870695
Classificação de conteúdo: seguro
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