O Amor e a Modernidade
Comprei um livrinho de cordel sobre o amor e a modernidade.
E dizia ele assim:
Tu qué mermo encontrá o amô?
Exija menos, trabalhe e se doe mais!
Purque esse negócio de um sustentá o luxo do outro
Já se vai longe, minha moça, meu rapaz!
Amô não é sustento de ninguém não!
Qué luxá, vamo trabaiá!
Amô não tem nada a vê com coisa!
Apesar de ser uma agunia que se sente
Uma "coisa" andando dentro da gente
E a gente fica, de fato, com cara de coisa.
Amô tem a vê com renúncia, respeito e admiração
E se não tivé essas três coisa juntinha?
Vixe! ... Num dê vexame não!
Passe adiante que isso é contra-mão!
Karla Mello
03 de Setembro de 2012