AOS MESTRES DO CORDEL
AOS MESTRES DO CORDEL
( Homenagens aos poetas repentistas )
Nestes versos aleatórios
Sinto-me um poeta simplório
Ousando homenagear,
Essa figura tão imponente
Que fez feliz tanta gente,
“O Poeta Popular”
O esquisito “Zé Limeira”
Poeta lá de Teixeira
No agreste da Paraíba,
Com seu linguajar absurdo
Reinou naquele seu mundo
Foi um legado a sua vida!
Lembro um cego que brilhou
E das pelejas que travou
Mostrou sempre o seu valor
Ninguém pisou em seu rastro...
Louvo o Cego Aderaldo
Com sua fiel rabeca,
Animou milhões de festas
Nas cercanias do Crato
Pedro Bandeira “O Violeiro”
Promoveu em Juazeiro
Cantorias e pelejas
Em rádios quermesses e lares...
Fez da poesia o seu lema
Muito honrou o seu ofício,
Por isso, recebeu o título:
“Príncipe dos Poetas Populares”
Ai de mim se esquecer-me
Da poetisa “Mazinha”
A Rosimar Araújo
Nesse singelo tributo
À Menina lá da “Pinheira”...
Trilhando pelos caminhos
Da magia e da poesia
E com toda a maestria
Produz o verso popular
Fazendo alguém cantar
Alegrando as nossas feiras!
“Bio Pereira” violeiro,
Repentista e trovador
Foi o primeiro cantador
Que este poeta conheceu...
Bio cantou a sua terra!
Maravilhou a sua gente
Foi o poeta mais eloqüente,
Que em Missão nova nasceu!
Lembro agora o “Pedim Cego”
Que morava na extrema
Uma verdadeira lenda
Na toada de um romance...
Com a rabeca em seu ombro
A rima se fez poesia
De “Riachão a Goianinha!”
Foi o maior itinerante
Finalizo essa homenagem
Com a maior personagem
Que a poesia exerceu
Por ele, o mundo conheceu
O Cordel como ele é...
Salve Antonio Gonçalves da Silva
Que durante a sua vida
Honrou o meu Ceará
Seu nome sempre hão de lembrar:
Ó “Patativa do Assaré!”
Poeta J. Pinheiro,
Do seu Livro “Meus versos, minha vida”