A IDENTIDADE DE UM POETA
A IDENTIDADE DE UM POETA
Minha amiga se és deusa
Bendita mulher tu sejas
Espero que você queira
Aliar-se a mim pra valer...
Divulgar estes meus versos
Que por eles manifesto
O que repasso a você
Não interessa se tens
Muitos bens materiais
Desses que aguçam o interesse
De ambiciosos rapazes...
Essas coisas para um poeta
Acredite não interessa
Nem sequer faz abalar
E se alguém assim pensar...
Me entristece e me ofende
Só me interessa e me prende
O amor que tens pra dar
Sou despojado de inveja
De cobiça e ambição
Coisa alheia não me ilude
Só preservo minha saúde
E naquilo em que acredito...
Sou cidadão exemplar
Tirar proveito do alheio
Acho isso muito feio
O que não é meu, não cobiço
Por isso, continuo pobre
Após tantos anos de trabalho
Posição, Autos salários
Não fizeram-me ser ruim...
Mas acredite minha amiga
Que minha riqueza em vida
É saber que minha família
Muito se orgulha de mim
Jamais acumulei riqueza
Mas sempre fui generoso
Ajudei um certo povo
Sem querer nada em troca
Como manda as escrituras...
Assim, é a minha vida
Não posso ver uma ferida
Que a minha palavra amiga
Não Lhe sirvam de ataduras
Não quero com isso dizer
Que sou melhor que você
Minha cara irmã e amiga
De minha lista seleta...
Sou apenas um cidadão
A quem Deus deu bom coração
Sensibilidade de irmão
E o dom de ser poeta!!!
Poeta J. Pinheiro,
Do seu livro “Meus versos, minha vida”