CORDEL DA SAUDADE – Parte 2 – Mote – A saudade de Cuité – Mora no meu coração
 

Como prometido no final da história do Nobre estamos publicando a segunda parte do cordel elaborado pelas três pessoas daquela  trindade, registrando que o  total ainda a ser publicado é de duas partes:
 

Mote – A saudade de Cuité – Mora no meu coração
Oitavas de sete sílabas poéticas
Esquema de rimas – ABABCDCD
Data – 14.04.2012 
 
 
Logo então fomos seguindo
Já em Alagoa Nova
Mas a Esperança surgindo
Aquilo seria a prova
Na munheca tenho fé
Não posso esquecer, sei não
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Eita que tanta distância
Mas a rodagem bem boa
A mulher com elegância
Será que estamos à toa?
Por Deus e por São José
Vou gritar com meu pulmão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
De longe então vislumbrando
Aquela que é um prodígio
E fomos logo chegando
À cidade do Remígio
Vimos algum catolé
Respirei com emoção
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Pra Barra de Santa Rosa
Um percurso muito longo
Mas era mesmo que prosa
Não fui salvo pelo gongo
Ajudou-me um caburé
Senti tanta agitação
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
A viagem prosseguia
Com muita calma e coragem
Mas a serra eu já sentia
Também na quilometragem
Foi quando vi um chalé
Que até me lembrei do chão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
É que numa ocasião (noutra viagem)
Comprei um fusca à Quitéria
Foi-se a barra de tração
Mas aquilo era matéria
Negócio de boa-fé
Chovia e dava trovão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Chegou o dono da casa
Um matuto diferente
Meu querido mande brasa
Por favor, ajude a gente
Estou feito Zé Mané
Aqui nessa vastidão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Pois ele pegou seu carro
E nos levou de carona
A pista era só de barro
A Jane muito chorona
Ela de saia godé
Junto ao Nino meu irmão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Mas antes de ali chegar
O fusca vinha enguiçando
A família a empurrar
Parece estava nadando
Ela esperando bebé
Mesmo naquela acridão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Enfim chegamos ao cume
Daquela serra tão alta
Então Deus nos deu o lume
Com minhas filhas peraltas
Eu de tão boa maré
Quis pagar ao cidadão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
 
Mas ele não recebeu
Disse: custa nada não
Soube que ele faleceu
Deixou-me boa impressão
Ajudou-me um batoré
Pequeno como um anão
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Pois a barriga da Jane
Logo deixou de crescer
Doutor Medeiros não engane
O que pode acontecer
-- Ela perdera o bebé
Falou o cirurgião
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO

A foto é de uma tela em óleo de 60 x 80 cm, de minha autoria.
 
Ansilgus/Nobre/Pirilampo


05/09/12 12:32 - Jacó Filho interagiu, muito grato:
 
Naquela cidade a sua sina,
Quase interia foi cumprida.
Mas George dos Santos Lima,
Uma pessoa, nela nascida,
Em João pessoa fincou o pé,
E por uma importante razão.
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Usou do banco os recursos,
Pra plantação de maracujá.
E por um costume difuso,
Na praia preferiu morar.
Mas pra escolher a mulher,
Também recorre ao sertão...
A SAUDADE DE CUITÉ
MORA NO MEU CORAÇÃO
 
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos
ilumine... Sempre...
ansilgus
Enviado por ansilgus em 31/08/2012
Reeditado em 05/09/2012
Código do texto: T3858136
Classificação de conteúdo: seguro
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