Onde Andaré o Bin Laden

ONDE ANDARÁ O BIN LADEN?

( Diálogo entre três matutos:

Pedro Quelé, Zé Cirino e Olegário )

Pedro Kelé, com entusiasmo:

- meus amigos já qui tamo

Nói três aqui proseano

Eu tô aqui me alembrano

De uma nutiça qui deu

Na t.v do Irineu

Qui eu num intendi foi nada!

Essa nutiça fala

De um sujeito muito rico

Tem um nome isquisito

E veve nos oriente...

Sujeito brabo e intiligente,

Um tá de Osama Bin Lade

Ele é valente e prevesso

E mata em nome de alá,

Acho qui é o deus de lá

Num intendo muito bem...

Mai confoime o que pude ver,

Eu vou dizer prá vocês

A coisa lá vai feder

Qui os anjos num diga amém

Se nosso rusaro é de conta,

O de Bin Lade é de bala

Numa cartucheira maia

Pendurada no precoço

Sua feição causa ispanto

Se veste cum nêgo manto

Arisco qui nem caipora

Cum metraiadora e pistola,

O bêsta – fera tá sôrta

Apesar de tudo isso

Tem um caba mai sabido

E tem mai aima qui Osama

É o maió home da terra...

Tem um mião de cartucho

É um tá de Jorge Bucho

Qui tem inté avião

Acho qui Bin Lade já era...

Premeteu ele acabar

Cum a raça do Osama

já ta feita a sua cama

Vai tacar bala no mundo

Inté matar essa fera...

Tão vascuiano o deserto,

Dixe Bucho só parar

Cum essa grande desforra

Cum Bin Lade numa cova

Cum sete paimo de terra

A prossiga é muito grande

Bala pro baixo, pro riba

O tirotei vão ser tão grande,

Vai matar inté isprito

E se Osama mete a cara,

Vai ser furado de bala

Qui só taba de pirulito

Bucho inté tá dano um premo

De vinte e cinco mião

Para quarquer cidadão

Corajoso e distimido

Qui cumpra cum o seu trato

E diga im quá buraco

Osama tá iscondido

Zé Cirino, cauteloso:

-Cumpade Pêdo Quelé

Já uví sua istora

Mai peço licença agora,

Prá dá minha opinião...

Eu acho qui é bem mió

Meu cumpade ficar calado

Dexe esse Osama de lado

Esse home é quage o cão

Vai lá, qui Osama utilize

Da tá tecnologia

E discubra o seu rasto

Chegue nessa friguisia...

Queira vim lhe fazer má

Aí, a debandada é gerá

Ou nói corre, ou nói morre

Meu cumpade se acomode,

Vá cuidar de sua famia!

Olegário, já com medo:

- É... A prosa tá muito boa

Mai acho qui pra mim já basta

Vou chegano ali in casa

Prumode batê arroz...

Fica a prosa prouto dia

Eu prometi pra Maria

Qui num ia demorar...

Essa istora de Osama

É bonita, é bacana

Mai vai ficar pra dispoi.

Importante: Este diálogo matuto, pode parecer um absurdo acontecer em nossos dias, mas infelizmente acontece.estes versos, nos faz refletir, pois a escola e a educação para o cidadão excluído, socado nos recantos esquecidos do Brasil ainda não faz parte da sua realidade. Assim, ignorante e a margem dos avanços tecnológicos de outros lugares, o caboclo da roça, mais parece um ser de outro mundo.

Poeta J. Pinheiro

Do seu Livro "Meus versos, minha vida"

Poeta J Pinheiro
Enviado por Poeta J Pinheiro em 28/08/2012
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