Limeiriando

LIMEIRIANDO

(Homenagem a Zé Limeira,)

“O Poeta do Absurdo”

Por Jesus Fui batizado

Pinheiro é meu sobrenome

Inda ta pra nascer o home

Que me ganhe na carreira...

Principarmente se a pulíça

Corre no meu calcanhar

Vi um velhinho transar

Em plena 2ª feira

No domingo ainda tava

Engatado num cabaço

Eu na rima agora faço

Igualzim a Zé Limeira

Zé Limeira “O Absurdo”

Da Poesia em Paraíba

Um dia entrou numa briga

Por causa de uma faceira...

Aí comprou uma pexêra

De umas doze polegada

Furou o bucho de uma alma

Do sangue fez um chôriço

É fácim rimar isquisito

Igualzim a Zé Limeira

Foi Hitler um grande amigo

Do valente Lampião

Com ele tocou baião

Junto com Luís Gonzaga

Sentado numa cangaia

Quando fazia uma feira...

Mussolini o seu cunhado

Morava na catingueira

E depois morou no Crato

E de tanto fazer besteira

Terminou queimando a rosca,

Por isso, escrevo essas coisas

Igualzim a Zé Limeira

O grande Rei Salomão

Foi cantor em Aparecida

Durante toda sua vida

Só compôs uma cantiga,

Chamada “Mulher Rendeira”

Ganhou o prêmio Nobel

De música contemporana

Morou três ano em Viana

Com uma puta sua prima

É assim que a gente rima,

Igualzim a Zé Limeira

Esse mermo Salomão

Quando perdeu a coroa

Foi morar em João Pessoa

Adispois em Bom Jardim

Ali botou um hotel

Criou o festival do peixe

Pió se assim num sêsse

A sua vida festeira...

Jamelão ele cantou

Entrou na legislatura

E confoime a santa iscritura

Foi até veriador,

Eu rimando também to

Igualzim a Zé Limeira

Eu vi um calango brigando

Com uma cobra jibóia

A bicha toda esfoloia

Ele sem um arranhão

Ai chegou uma formiga

E acabou com a briga

Somente com uma rasteira...

Os três se tornaram amigos

O calango de tão traquino

Papou logo a formiguinha

Se tornando um assassino,

Se quiser eu também rimo

Igualzim a Zé Limeira

Eu conheci “ Pedim Cego”

Quando lia um romance

E daquele dia em diante

Me tornei o seu amigo

Por isso mesmo confirmo

A sua real cegueira...

caminhava 7 léguas

Só para bater o sino

E na festa do divino

Ajudava o padre Ernesto,

Eu também sei fazer verso

Igualzim a Zé Limeira

Na sedição de 14

No ano dois mil e quinze

Eu briguei de baioneta

Espingarda de espoleta

Aquela arma moderna

Que rompe toda trincheira....

No final daquela guerra

Fui morar em bulandeira

Cum a merma infermeira

Que curou Tomás de Aquino

Se quiser eu também rimo

Igualzim a Zé Limeira

Quando eu leio suas rimas

Os seus versos e poemas,

Eu me lembro de uma quenga

Que gostava de rimar

Pros criente animar

No cabaré de pedreiras...

Porem o que ela rimava

Quase nada se aproveitava

Eram rimas de palavras,

Sem lógica, pé nem cabeça

Êta ” poetisa fina!”

Gostava de fazer rima

Na cama fazendo asneira

Na minha pilogamia

E meu verso estrovengado

Cortei a pimba do safado

Que estuprou o Adão

Provei que sou valentão

Deixei ele mudo e surdo,

Fiz degustar um capão

Com pena, esporão e tudo..

Essa minha “Limeirada”

Finalizo por aqui

Não conheço prato mió

Do que arroz com pequi

Com uma perna de siri,

Daquelas gordas e compridas...

A coisa melhor da vida

É viver bem sossegado

Com uma morena de lado

Pra fazer muita besteira

Assim pensava Zé Limeira,

O Poeta da Paraíba

Me chamam J. Pinheiro

Do Saco da Pedra Branca

Onde vivi minha infância,

Donde saí ainda criança,

Do Município Porteiras...

Terreno meço com braça

Distância meço com légua

Conheço “fi duma égua”

Que nasce com a triste sina

De não fazer uma só rima

Iguá as de Zé Limeira

Poeta J. Pinheiro

Do seu Livro"Meus versos, minha vida"

Poeta J Pinheiro
Enviado por Poeta J Pinheiro em 25/08/2012
Código do texto: T3848642
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