Ponte Metálica, antiga Ponte dos Ingleses,
Praia de Iracema, Fortaleza, CE.
CASO PASSIONAL
O caso narro com o peito
para além de estrangulado;
deu-se, e é constrangedor,
entre um par enamorado.
Foi caso passional,
talvez por brigas marcado?
Nesta quarta, vinte e dois,
após manhã de rotina,
por volta das treze horas,
foi-se de casa a menina
que atendia por Joely,
flor de moça muito fina.
Com vinte anos, apenas,
dela a mãe não conhecia
sequer nenhum namorado,
mas certamente que havia,
conforme nos conta a mídia,
com destaque, n’outro dia.
Sumida, a moça não volta
para o seu querido lar
e a família, com aflição,
faz a imprensa divulgar
da cidadã o sumiço,
por terra, mares e ar.
Quinta-feira de alvoroço,
buscas em toda a cidade.
A polícia cai em campo,
tentando achar novidade,
porém não foi tão difícil
ver desse caso a verdade.
Lá no Espigão de Iracema,
às muitas da madrugada,
desta data, aos vinte e três,
a dupla fora avistada...
Juntam-se a outros casais
namorado e namorada.
Recanto dos bem-amados,
essa Praia de Iracema,
onde o pôr do sol é lindo
e, às vistas de todos, rema
velha a Ponte dos Ingleses,
hoje nova que blasfema.
O casal recém-chegado
só demorou brevemente.
O rapaz deu meia-volta
e a moçoila, de repente,
pulou nas pedras do mar,
ali da ponte bem rente.
Tragédia, minhas senhoras,
oh meus prezados senhores!
Na velha Ponte Metálica,
palco de tantos amores,
mar e pedras sepultavam
uma flor louçã das flores.
Qualquer sinistro me abala,
sinto pela que mais sente.
Daí pensar na mãe triste
que perdeu querido ente,
indo, assim, com vinte anos
– e num lugar atraente.
Fort., 23/08/2012.
- - - - - - -
Em respeito à dor da família
da jovem Joely, não lhe vou
citar o sobrenome.
Todos os dados aventados,
no cordel, são reais.
Infelizmente reais. E tudo se
deu na madrugada de hoje,
na boêmia Praia de Iracema,
em Fortaleza, no lindíssimo
cenário da Ponte Metálica,
donde se vê o pôr do sol.
O lugar, até madrugada, é
uma ribalta para os casais
que se amam.
Praia de Iracema, Fortaleza, CE.
CASO PASSIONAL
O caso narro com o peito
para além de estrangulado;
deu-se, e é constrangedor,
entre um par enamorado.
Foi caso passional,
talvez por brigas marcado?
Nesta quarta, vinte e dois,
após manhã de rotina,
por volta das treze horas,
foi-se de casa a menina
que atendia por Joely,
flor de moça muito fina.
Com vinte anos, apenas,
dela a mãe não conhecia
sequer nenhum namorado,
mas certamente que havia,
conforme nos conta a mídia,
com destaque, n’outro dia.
Sumida, a moça não volta
para o seu querido lar
e a família, com aflição,
faz a imprensa divulgar
da cidadã o sumiço,
por terra, mares e ar.
Quinta-feira de alvoroço,
buscas em toda a cidade.
A polícia cai em campo,
tentando achar novidade,
porém não foi tão difícil
ver desse caso a verdade.
Lá no Espigão de Iracema,
às muitas da madrugada,
desta data, aos vinte e três,
a dupla fora avistada...
Juntam-se a outros casais
namorado e namorada.
Recanto dos bem-amados,
essa Praia de Iracema,
onde o pôr do sol é lindo
e, às vistas de todos, rema
velha a Ponte dos Ingleses,
hoje nova que blasfema.
O casal recém-chegado
só demorou brevemente.
O rapaz deu meia-volta
e a moçoila, de repente,
pulou nas pedras do mar,
ali da ponte bem rente.
Tragédia, minhas senhoras,
oh meus prezados senhores!
Na velha Ponte Metálica,
palco de tantos amores,
mar e pedras sepultavam
uma flor louçã das flores.
Qualquer sinistro me abala,
sinto pela que mais sente.
Daí pensar na mãe triste
que perdeu querido ente,
indo, assim, com vinte anos
– e num lugar atraente.
Fort., 23/08/2012.
- - - - - - -
Em respeito à dor da família
da jovem Joely, não lhe vou
citar o sobrenome.
Todos os dados aventados,
no cordel, são reais.
Infelizmente reais. E tudo se
deu na madrugada de hoje,
na boêmia Praia de Iracema,
em Fortaleza, no lindíssimo
cenário da Ponte Metálica,
donde se vê o pôr do sol.
O lugar, até madrugada, é
uma ribalta para os casais
que se amam.