A macabra história do aipim.

Este caso aconteceu

Jão cocá contou pra mim

Dum fazendeiro famoso

Por nome de Serafim

Marido de sua prima

Pras banda norte de minas

Que só plantava aipim

Mas porem um certo dia

Serafim se assustou

Pois nasceu um aipim

Que o povo admirou

E não nasceu por acaso

Jao cocá contou o caso

Mas ninguém acreditou

Pois esse tal aipim

Não era mole era duro

No claro tava pequeno

Ficava grande no escuro

Uma espécie de orelha

Tinha a cabeça vermelha

E na ponta tinha um furo

O fazendeiro não quis

Comer nem negociar

Deixou ali de amostra

Pra quem quiser visitar

Todo mudo ia de dia

E se a noite alguém ia

Ele queria atacar

Porque quando escurecia

O aipim esticava

Entrava em qualquer buraco

Que na frente ele encontrava

Deixava ali a fratura

Então aquela fissura

Ao normal nunca voltava

Na frente tinha uma aba

Igualzinho um cogumelo

A casca dele era roxa

Mas por dentro era amarelo

Era grosso e fedorento

Uma frota de jumento

Ele deixou no chinelo

Aconteceu uma historia

Que não esqueço jamais

Uma tal de Guilhermina

Filha de Chico tenaz

Foi descarregar o bucho

Quando sentiu o repuxo

Já era tarde de mais

Porque o tal aipim

Tinha ido passear

Distraiu-se pela terra

Esqueceu-se de voltar

Ouviu o galo catando

E o dia clareando

E disse vou regressar

Então voltou regaçando

No escuro da neblina

Entrou num buraco escuro

Duma lama fedentina

Mas o aipim safado

Entrou no buraco errado

Da coitada Guilhermina

Guilhermina deu um pulo

Disse: valei-me São Brás

O aipim encolheu

Tentou voltar para trás

A menina em aflição

Tentou tirar com a mão

Porem o bicho entrou mais

E Guilhermina sumiu

Naquele oco de mundo

Viagem de 5 horas

Ela traçou num segundo

Passou a mão no traseiro

E entrou em desespero

Disse é o fim do mundo

O aipim ficou roxo

Ficou sem circulação

Pelo aperto do coxo

Murchou igual um balão

Guilhermina relaxou

O aipim desmaiou

Caiu molinho no chão

O aipim faleceu

E ninguém mais visitou

Mas a pobre Guilhermina

Em depressão logo entrou

Pois aquele grande furo

Que fez o aipim duro

Ao normal nunca voltou.

Depois desse acontecido

Alguém pode descobrir

Muita gente regaçada

Que nem podia sorrir

Num raio de sete léguas

Ele arrancou todas pregas

Que conseguiu iludi

É baseado em fatos reais.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

joãocorin
Enviado por joãocorin em 07/08/2012
Reeditado em 07/08/2012
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