POUCA LUZ NO AMANHÃ

Vejo na humanidade,

Uma descrença pagã,

Falta de fraternidade,

Pouca luz no amanhã,

Vai ser a calamidade,

Cada um em seu divã.

Se o poder é relativo,

A miséria é transitória,

A vida e seus prejuízos,

A perfazerem a historia,

Cleópatra e Monalisa,

Aguçam nossa memória

A palavra é meu guia,

Não preciso de marola,

Escrevo por cortesia,

Aprendi lá na escola,

Pregando a filosofia,

Tristeza fica de fora.

Segue avante ó penitente,

Não questiones à Deus,

Teu olhar é congruente,

Teu pensamento é ateu,

Terás problemas recentes,

Com enrustidos fariseus.

Botei arreio no tempo,

E montei este danado,

Fui visitar o vexame,

Que andava agoniado,

Depois de ouvir a queixa,

Me senti impressionado.

Me disse este sujeito,

Que em sua correria,

A muito não se diverte,

Nem foi mais a sacristia,

Pra confessar os pecados,

Tem pensado em heresia.

Ponderado e convencido,

Não me resta alternativa,

Nesta minha penitencia,

A questão é sugestiva,

Correr não resolve nada,

A paciência é construtiva.

Em outrora fora brisa,

Agora gelas meu ser,

Conflitante amanhecer,

Está difícil pra viver,

Tomara venha o verão,

Pra eu te reconhecer.

Volta logo ó avoante,

Teu lugar está regado,

Se demorar um instante,

Encontraras ocupado,

A vida tem brevidade,

E pode ser horripilante.

Ao covarde repudio,

Mas nada de punição,

Somente Deus tem o brio,

Pra fazer tais correções,

Busco a minha retidão,

Ouvindo meu coração.