POR ONDE ANDAS?

Por onde andas, será,

Essa tal felicidade

Que na minha mocidade

Diziam: -- vais encontrar!

Procuro em todo lugar

Como agulha na farinha

Feito um galo de rinha

Ganho a luta, não a guerra,

Será que há nessa terra

A felicidade minha?

Por onde andas, então

Essa tal de liberdade

Que a tempos, tenho vontade

De tê-la em minha mão,

Quero sair da prisão

Em que fui acometido

Eu fico triste, sentido

De viver engaiolado

Querendo ser libertado,

Mas ninguém me dá ouvido!

Por onde andas, me diga

A esperada bonança

Tão dita, desde criança

Que estou dentro da briga

Não tem vez a mão amiga

Ninguém ajuda o irmão

Já chega deste sermão:

Não abandone a labuta

Pois somente pra quem luta

Dias melhores virão.

Tô mesmo sem esperança

Nesse mundo tão insano

Que piora a cada ano

Chega uma hora que cansa

Não vejo perseverança

Em quem faça ou quem manda

Nos resta seguir a banda

E o quê por ela é imposta

Sempre querendo a reposta,

Diz aí, por onde anda?

Edilson Biol
Enviado por Edilson Biol em 28/07/2012
Reeditado em 28/07/2012
Código do texto: T3801407
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