Terremoto em Areia Branca - RN

Agora vou lhes contar

Um fato que ocorreu

Numa cidade a beira mar

Onde um dia a terra tremeu

Esse lugar é o meu lar

Foi lá que o poeta nasceu

Certa vez o presidente

Do nosso Brasil varonil

Mandou um aviso urgente

Era uma notícia terrível

Que ia matar muita gente

Perigosa como um míssil

O presidente mandou falar

Ao povo de Areia Branca

De algo que tá pra chegar

Ia bagunçar essas bandas

E era pra se preparar

Enquanto a coisa tá mansa.

Chamou seu ministro

Da segurança nacional

Pediu pra riscar o dito

E enviar pra seu Babau

O delegado da cidade

Da cidade o delegado

Um telegrama mandou

Para o homem do xadrez

Escreveu e anotou

Pediu que fosse veloz

A mensagem que enviou

E essa já dizia assim:

“Um movimento sísmico

Próximo a sua zona.

10 na escala Richter

Epicentro na vizinhança

É grande o perigo

Fique em vigilância”

Mas a resposta não veio

O presidente quis saber

Que danado aconteceu

E foi até lá pra vê

Saber se a notícia deu

Pra cidade proteger

Chegando lá viu Seu Babau

Na entrada da cidade

E lhe perguntou pelo mal

Quis saber da gravidade

Que eles tinham passado

Durante a adversidade

Seu Babau foi falando:

Desculpe excelência,

Mas estava planejando

O ato de uma ocorrência

E depois da aflição

Findamos a delinquência

O movimento parou

Era desarticulado

Não sei quem o planejou

Mas a ação foi parada

Logo, logo expirou

Deu fim na bandidada.

Fechamos também a ZONA

Todas as putas presas

Não deixamos nenhuma

E apesar dos pesares

Elas já se aprumaram

Deixaram essa vida pra lá.

RICHTER tentou fugir

Mas aqui não se cria não

Levou um mói de pêia

E ainda apanhou na mão

Pra poder deixar disso

E sair dessa situação.

Bandido não tem vez

Se aqui quer bagunçar

Não importa o que fez

Se eu pegar vai apanhar

Até eu me satisfazer

Ou o juiz mandar soltar

Epicentro, Epicleison,

Epifânio e os outros

Dezenove irmãos

Foram tudo é preso

Entraram no camburão

Com destino à prisão.

Deu um trabalho grande

Feito uma muléstia

Tudo pela segurança

Do povo da minha terra.

Com muita perseverança

Acabamos os crimes.

Mas o senhor permita

Desculpar a demora

Por que não tinha dito

Mas não tive foi hora

Por causa do maldito

Evento que teve agora

De uma hora pra outra

Me aparece um tremor

Deixou as véias loucas,

Os bichos num alvoroço

Agonia não foi pouca

Todo mundo ficou louco

Abalou a comunidade

Se soubesse disso antes

Parava a precariedade

Pedia até uma ponte

Ao prefeito da cidade

Pra nos levar pra longe

Mas lugar nenhum não serve

Pra sair daqui, só melhor

E sendo assim: só o Céu!

Pois mudar pra lugar pior

Só se da cuca for léleu

Ou se o problema for maior

E o povo ia subindo

Pro Céu fazer morada

Mas sabendo que um dia

Depois de reformada

Retornava com alegria

Pra sua terra bem amada!

Luiz Luz
Enviado por Luiz Luz em 21/07/2012
Código do texto: T3790623
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