SERÁ QUE ELA ME ENGANA?
Na borda da cama sentada.
Sumária roupa. Vestia quase nada,
Seio desnudo,
Expondo quase tudo,
Foi como se fez fotografada.
Vi a imagem divulgada,
Entre milhões de outros compartilhada
Em redes sociais multiplicada!
Eu me pergunto - a alma despedaçada -
E a jura de amor a mim endereçada,
Um sem fim de vezes pronunciada
Ao tempo em que a mim ti dizias doada?
Eras falsa, hipócrita, despudorada;
Juras, entregas libidinosas a mim...só de fachada?
Minha boa fé sempre foi enganada?
Vens agora expor-te ao mundo de forma escrachada,
A intimidade devassada
E eu, sem saber de nada?
Fui somente a digna fachada
De uma vida maculada?
Ou fui teu homem-objeto? AH, melhor que nada...
Pior. Não abro mão de ti, saf...ou melhor, danada,
Pois não esqueço da longuíssima jornada
De prazeres a mim proporcionada
Por teu corpo. Será que te deixaste ser retratada
Pensando em mim? Aguardarei vires melhor explicada.
Ah! que falta, até quando serás por mim esperada?