AMOR INIBIDO

Eu havia rascunhado

Poema a ti dedicado

E por inteiro inspirado

Em teu corpo tão bem apanhado,

Estruturado,

Perfumado

E por muitos cobiçado.

Mas nunca tinha enviado

Porque no instante de fazê-lo postado

Senti-me tão acanhado,

Por inibição extrema tomado,

Que assim o deixei guardado.

Mas hoje, descontrolado

Nesse amor pelo qual fui dominado,

Faço-me determinado,

Através deste cordel mal alinhavado

(eu ainda muito envergonhado),

Gritar que és meu grande ser amado.

Por ti, mulher, se for para o teu agrado,

Aceitarei de tudo, até mesmo ser escravizado,

E ainda que em servo seja tornado,

Sendo teu, de todo estarei recompensado.

E antes de esta cartinha ter assinado,

Sinta o teu corpo com o meu entrelaçado.

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 17/07/2012
Reeditado em 05/08/2012
Código do texto: T3783187
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