Homenagem ao poeta Ronaldo Cunha Lima

MORRE RONALDO CUNHA LIMA

À surdina da noite horripilante

Em que o mundo acalma a euforia

Em um golpe certeiro - a poesia

Desfalece prostrada nesse instante

E a morte que estava ofegante

Muito fria – olhava lá de cima

E no fúnebre, gelo desse clima

Arrebata um poeta respeitado

E cumpriu-se o mistério que foi dado

Ao poeta RONALDO CUNHA LIMA

Castro Alves surtou de alegria

E Augusto dos Anjos até vibrou

Nem sequer Shakespeare se segurou

E Cervantes pulava em demasia

Bilac olhou e deu – Bom dia!

Sousandrade abraçou-lhe com estima

Meireles recita até uma rima

E os cumprimentos de toda a antologia

Pois na terra que reina a poesia

Chegava RONALDO CUNHA LIMA

Vai poeta morar no infinito

E descansa à sombra do cipreste

Cada frase que um dia tu fizeste

Transformou-se no mote mais bonito

E prepara um lugar pra esse precito

Poeta que escreve e não se anima

Mas que gosta da tua obra prima

E se orgulha em nascer no mesmo estado

Pois a morte deixou-nos teu legado

Mas findou a RONALDO CUNHA LIMA

Jozias Umbelino
Enviado por Jozias Umbelino em 07/07/2012
Reeditado em 15/10/2012
Código do texto: T3765488
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